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O PERSONAGEM
Raí exige partilhar emoções
da Reportagem Local
Na última quarta-feira, em
Campinas, o meia Raí, 34, deu
mostras de estar totalmente recuperado da operação em seu
joelho esquerdo, que o deixou
afastado dos campos por quase
nove meses. O jogador foi peça
fundamental na vitória por 3 a
2 sobre a Ponte Preta, que classificou o São Paulo para as semifinais do Brasileiro-99.
Segundo Raí, a determinação
mostrada pelo São Paulo nesse
jogo foi fundamental para o sucesso da equipe.
(AGz)
Folha - Uma das principais
virtudes do São Paulo no Brasileiro tem sido a garra, que é
uma característica geralmente relacionada ao Corinthians, o rival das semifinais...
Raí - É verdade. A raça é uma
consequência natural quando
você tem um grupo de jogadores determinados e unidos. É
importante uma equipe compartilhar dor e alegria.
Na última quarta-feira, quando o Vágner foi expulso, na
partida contra a Ponte Preta, ficamos muito tristes por ele, já
que a situação não foi justa.
Porém a equipe superou-se
para cobrir a ausência de um
jogador, e conseguimos a vitória e a classificação.
Folha - Essa partida, contra
a Ponte Preta, foi realmente
emocionante...
Raí - Nesse jogo, em 90 minutos, senti alegria, angústia e ansiedade. E isso tudo num período muito pequeno de tempo.
Quando parar de jogar, vou
sentir muita falta disso, dessas
emoções misturadas. Por isso,
quero buscar algo que me ofereça esse tipo de situação.
Folha - Você vai encerrar a
sua carreira em maio de 2000,
quando acaba o seu contrato
com o São Paulo?
Raí - Não decidi se irei parar
no próximo ano. Quando o
meu contrato acabar, irei avaliar se tenho ainda condições físicas para continuar jogando.
Atualmente, sinto-me muito
bem. Estou totalmente recuperado da cirurgia no meu joelho.
Quando encerrar a minha
carreira como jogador, espero
continuar trabalhando com o
futebol. Quero aplicar o conhecimento que acumulei durante
a minha vida esportiva. Com
certeza irei sentir muita falta
dos gritos das arquibancadas.
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