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FUTEBOL
Seis jogadores do time, que hoje enfrenta o Vitória no Mineirão, já disputaram finais do Brasileiro
Atlético-MG põe experiência à prova
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha,
em Belo Horizonte
O Atlético-MG, que não chega
às finais do Campeonato Brasileiro desde 1980, aposta na experiência de seus jogadores para bater o Vitória nas semifinais da
competição, que começam hoje.
O técnico Humberto Ramos,
49, campeão em 1971 como jogador do mesmo Atlético-MG que
treina atualmente, diz que o time
precisa da vitória hoje, às 18h30,
no estádio do Mineirão, em Belo
Horizonte, porque o segundo e,
se necessário, o terceiro jogo da
série serão em Salvador.
De 1981 a 1998, o clube mineiro
foi semifinalista da competição
em oito oportunidades, mas não
conseguiu passar dessa fase.
No entanto, seis jogadores do
time já disputaram as finais do
Campeonato Brasileiro defendendo outros clubes.
O meia Gallo, 32, que jogou nas
finais de 1995 e 1996, disse que
não acredita que as estatísticas de
anos anteriores possam afetar o
desempenho do clube agora.
Ele ressalta a semelhança do
Atlético-MG deste ano com a Lusa de 1996, quando o clube paulista conquistou o título de vice-campeão pela primeira vez em
sua história. "A Lusa também era
um time desacreditado, que chegou à decisão", declara. Em 1995,
ele foi vice com o Santos.
O goleiro Velloso, 31, campeão
pelo Palmeiras em 1994, diz que é
difícil manter o mesmo nível de
jogo que o Atlético-MG apresentou nas quartas-de-final contra o
Cruzeiro -considerado um dos
favoritos para conquistar o título.
"Concentração é fundamental.
Temos de estar ligados o tempo
todo. Não só no campo, mas também durante os preparativos."
Para Gallo, muitos jogadores do
Atlético-MG são experientes, mas
é um time que tem atletas novos,
como o meia Lincoln e o lateral
Mancini, convocados recentemente para a seleção sub-23.
"O Vitória é um time jovem,
forte e rápido. Nós temos experiência e um pouco de juventude", avisa Gallo.
Lincoln era dúvida do departamento médico para o jogo de hoje. Ele voltou a sentir uma contusão no tornozelo e, anteontem,
não participou do último treino
coletivo do time antes do jogo.
Guilherme, 25, artilheiro do time com 20 gols, também não participou do treino de anteontem
porque sentiu febre na noite de
quinta-feira passada. Os médicos
disseram que ele estava gripado,
que foi medicado e que deveria
estar recuperado para a partida.
"Se eu tivesse ficado gripado no
dia do jogo, não poderia jogar,
mas tenho tempo para me recuperar", diz o artilheiro.
Com a provável recuperação de
Guilherme, o técnico Humberto
Ramos deve manter o mesmo time que venceu o Cruzeiro no domingo passado, com exceção do
zagueiro Galván, que estava suspenso e entra no lugar de Gelson.
O técnico, com a ajuda do auxiliar e espião Zé Maria Pena, que
assistiu ao terceiro jogo entre
Vasco e Vitória na cabine de uma
emissora de rádio no estádio São
Januário, no Rio, diz que já identificou as principais características do adversário.
"Vamos neutralizar os pontos
fortes e explorar as deficiências
do Vitória", explica.
Ramos editou uma fita de vídeo
com alguns lances dos jogos do
Vitória no Brasileiro-99, que exibiu para os jogadores antes do coletivo e durante a concentração.
"É o estilo do Humberto Ramos. Ele mostra vídeos editados,
deixando a fita mais curta e o trabalho mais produtivo", afirma o
goleiro Velloso.
NA TV - Bandeirantes e Globo
(só para a cidade de SP e
Estado da Bahia), às 18h30
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