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memória
Fim de acordo derrubou time em campo
DA REPORTAGEM LOCAL
A dívida estimada em R$
100 milhões e a turbulência política e administrativa são apontadas como as
razões principais para a
derrocada do Corinthians.
A pior crise da história do
clube alvinegro pode culminar com o maior vexame da história da equipe
dentro de campo.
O fato é que, desde que o
clube aprovou a malfadada parceria com a MSI, no
final de 2004, jamais teve
dias de paz. Se em campo
obteve êxito com a conquista do Brasileiro-2005,
fora dele virou alvo de
muitas suspeitas.
Enquanto o time dava
sinais de fraqueza, os cartolas de Corinthians e MSI
figuravam nas páginas policiais dos jornais.
Foram processados na
Justiça Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em outra frente, Ministério Público de São Paulo e Polícia
Civil investigaram esquema de emissão de notas
frias que teria beneficiado
o ex-presidente Alberto
Dualib e o ex-vice Nesi Curi. Ambos renunciaram.
Os dólares do milionário
parceiro evaporaram. A
derrocada do time coincidiu com o fechamento de
torneira da MSI que, desde junho do ano passado,
parou de enviar dinheiro
ao Parque São Jorge e, aos
poucos, varreu as estrelas
do Parque São Jorge.
Com gastos muito superiores às receitas, o clube
coleciona dívidas por todos os lados, com funcionários, com fornecedores,
com a federação paulista,
com a CBF, além de débitos fiscais e tributários.
O rombo financeiro foi o
legado mais evidente deixado por Alberto Dualib,
que renunciou à presidência corintiana em setembro passado pressionado
pelas denúncias de conselheiros contra sua gestão.
"A MSI foi muito danosa
para nós. Precisamos resgatar a credibilidade perdida. Mas vamos conseguir escapar da segunda
divisão e vai ser a grande
redenção do clube", diz o
atual vice-presidente financeiro corintiano, Raul
Corrêa da Silva.
Segundo ele, somente
em três anos o clube vai
conseguir se reequilibrar
financeiramente. Para isso, terá de cortar R$ 55 milhões em despesas.
Enquanto isso, diz Corrêa da Silva, o corintiano
não deve esperar um time
de estrelas. Sinal de que o
sofrimento vai continuar.
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