São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

memória

Fim de acordo derrubou time em campo

DA REPORTAGEM LOCAL

A dívida estimada em R$ 100 milhões e a turbulência política e administrativa são apontadas como as razões principais para a derrocada do Corinthians. A pior crise da história do clube alvinegro pode culminar com o maior vexame da história da equipe dentro de campo.
O fato é que, desde que o clube aprovou a malfadada parceria com a MSI, no final de 2004, jamais teve dias de paz. Se em campo obteve êxito com a conquista do Brasileiro-2005, fora dele virou alvo de muitas suspeitas.
Enquanto o time dava sinais de fraqueza, os cartolas de Corinthians e MSI figuravam nas páginas policiais dos jornais.
Foram processados na Justiça Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em outra frente, Ministério Público de São Paulo e Polícia Civil investigaram esquema de emissão de notas frias que teria beneficiado o ex-presidente Alberto Dualib e o ex-vice Nesi Curi. Ambos renunciaram.
Os dólares do milionário parceiro evaporaram. A derrocada do time coincidiu com o fechamento de torneira da MSI que, desde junho do ano passado, parou de enviar dinheiro ao Parque São Jorge e, aos poucos, varreu as estrelas do Parque São Jorge.
Com gastos muito superiores às receitas, o clube coleciona dívidas por todos os lados, com funcionários, com fornecedores, com a federação paulista, com a CBF, além de débitos fiscais e tributários.
O rombo financeiro foi o legado mais evidente deixado por Alberto Dualib, que renunciou à presidência corintiana em setembro passado pressionado pelas denúncias de conselheiros contra sua gestão.
"A MSI foi muito danosa para nós. Precisamos resgatar a credibilidade perdida. Mas vamos conseguir escapar da segunda divisão e vai ser a grande redenção do clube", diz o atual vice-presidente financeiro corintiano, Raul Corrêa da Silva.
Segundo ele, somente em três anos o clube vai conseguir se reequilibrar financeiramente. Para isso, terá de cortar R$ 55 milhões em despesas.
Enquanto isso, diz Corrêa da Silva, o corintiano não deve esperar um time de estrelas. Sinal de que o sofrimento vai continuar.


Texto Anterior: Lulinha, zero gol, vale US$ 50 mi
Próximo Texto: Com receio da torcida, PM convoca efetivo de clássico
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.