São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Tragédia foi divisor de águas também na carreira

DA REPORTAGEM LOCAL

Dentro do ringue, a história da carreira de Emile Griffith também pode ser dividida entre antes e depois da tragédia de Benny ""Kid" Paret. Basta verificar seu cartel para perceber que venceu menos combates por nocaute após o incidente.
Até o terceiro duelo com Paret, das 29 vitórias de Griffith, 11 haviam sido obtidas por nocaute. Ou seja, um aproveitamento de 37,9%. De suas 56 vitórias restantes, 12 aconteceram antes do limite de assaltos (aproveitamento de 21,4%).
A imprensa da época, no entanto, não levou em consideração sua postura mais cautelosa.
Em uma de suas lutas posteriores, ao perceber que Chris Chirstensen não agüentava mais castigo, Griffith gesticulou para o árbitro encerrar o combate, mas foi ignorado.
""Griffith... mostrou um show de brutalidade e, indiferente, puniu Chris Chirstensen. Ele castigou tão impiedosamente o holandês que o árbitro interrompeu a luta no momento em que sua equipe jogou a toalha para poupar Chirstensen de um massacre sem sentido", noticiou o London Daily Express.
O lado positivo é que, ao relutar em nocautear rivais, Griffith se tornou recordista em número de assaltos disputados por títulos mundiais: 339.
Além disso, duas novidades para assegurar a integridade física dos atletas surgiu após a luta com Paret: a quarta corda e a substituição das luvas de seis onças para as de oito. (EO)


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