São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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pela américa

Palmeiras luta na água, no ar e reza

Tempestades na capital paulista atormentam a equipe do técnico Luxemburgo, que faz hoje jogo de ida contra o Potosí

Com a previsão de tempo ruim e gramado do Parque Antarctica longe do ideal, técnico diz que, se chover, "não terá jogo de futebol"


Rubens Cavallari/Folha Imagem
O meia Diego Souza, que teme que a chuva atrapalhe a estreia do Palmeiras na Libertadores, hoje, contra o Real Potosí, treina

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da altitude de Potosí, a tempestade de São Paulo. Mais preocupante do que o Real Potosí, adversário da estreia na Libertadores, hoje à noite, serão as condições meteorológicas que separam o Palmeiras da fase de grupos da competição.
A apreensão com as chuvas que têm castigado a capital nas últimas semanas ganhou destaque no time brasileiro depois da partida de anteontem, diante do Marília, no mesmo horário do duelo de hoje, às 20h30.
A primeira apresentação palmeirense em sua casa na temporada foi bastante prejudicada pelas poças d'água que se formaram em diversos locais do gramado e dificultaram o toque de bola da equipe.
"Só rezando, e muito. Se chover, vai acontecer como hoje [anteontem]. Não tem jogo de futebol", disse o técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, após a partida em que o Palmeiras derrotou o Marília por 3 a 0 pelo Campeonato Paulista.
O gramado do Parque Antarctica passou por uma reforma após o Brasileiro do ano retrasado. No entanto o sistema de drenagem do campo foi apenas melhorado, segundo informou Roberto Gomide, presidente da World Sports, empresa responsável pelas obras.
"Fomos contratados para fazer a troca do gramado e um reforço no sistema de drenagem que já existia. A empresa não é milagreira", afirmou Gomide.
Para que o gramado não fique mais encharcado, o empresário declarou que seria necessária "uma intervenção mais séria".
"Seria preciso colocar uma base arenosa embaixo da grama. E, sob ela, um colchão drenante à base de brita para que a água não fique na superfície. Assim, ela passa pela areia e se acumula 40 cm abaixo do solo. Depois, é drenada pela tubulação", explicou Gomide.
Luxemburgo, que no ano passado reclamou publicamente da World Sports, anteontem preferiu não se estender no assunto. Apenas lamentou a reincidência do fato.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão do tempo para São Paulo hoje é de céu nublado a encoberto, com pancadas de chuva e trovoadas. Na terça-feira, foram registrados 28 pontos de alagamento em toda a capital paulista.
Se conseguir superar a água e o Potosí, hoje, o Palmeiras viajará mais tranquilo para encarar as adversidades no duelo de volta, na próxima quarta-feira -entenda-se a altitude de 3.967 m, e não o time boliviano.
"Sabe qual é a solução? Rezar!", disse o preparador físico palmeirense, Antônio Mello, a respeito do fantasma que, em todo jogo de times brasileiros pela Libertadores, volta à tona.


NA TV - Palmeiras x Real Potosí
Sportv, ao vivo, às 20h30



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