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VELA
"Órfã" de Scheidt, laser aposta em tradicionais clãs do esporte
Ivo Gonzalez/Agência O Globo
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Bruno Fontes participa de seletiva de laser, no Rio. Ele venceu uma regata ontem, lidera bem a disputa e garante vaga olímpica se chegar em quinto hoje. Só Eduardo Couto pode superá-lo
FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL
A classe que rendeu ao
Brasil dois ouros e uma prata
nas últimas três Olimpíadas
virou laboratório na seletiva
para Pequim. Sem Robert
Scheidt, titular desde 1996, a
laser vê o boom de novatos
no classificatório para os Jogos de Pequim, em agosto.
Scheidt migrou para a star
há três anos e competirá na
China nessa classe. Antes,
havia sido campeão na laser
em Atlanta-96 e Atenas-04 e
levara a prata em Sydney-00.
No Rio, herdeiros dos clãs
Grael e Zarif, tradicionais na
vela, competem na laser não
de olho na Olimpíada de agora, mas nas futuras edições.
Marco Grael, 18, apesar do
sobrenome vencedor, diz
que entrou na disputa nacional para ganhar experiência.
"É um treino para mim.
Tenho a chance de competir
com excelentes velejadores,
como o Bruno Fontes, 11º no
Mundial [de laser]", diz ele.
Seu pai, Torben, é o recordista brasileiro -e da vela
mundial- de pódios olímpicos. Foram cinco, entre os
quais dois ouros na star, em
Atlanta-96 e Atenas-04.
"Não tem esse papo de
Olimpíada. A gente ainda veleja por prazer. Sou novo ainda para traçar algum plano."
O filho do multivencedor
diz que, se nos dois primeiros
dias da seletiva os resultados
o ajudassem, teria esperança
de ir a Pequim. Mas o oitavo,
o 14º, o 16º e o 17º lugares em
4 das 14 regatas praticamente minaram suas chances.
"Ele [Torben] me ajuda a
ter disciplina, gosta quando
eu disputo muitas provas. Na
vela, a experiência conta
muito", diz Marco, que faz
faculdade de administração.
Jorge João Zarif, 15, quase
abocanhou a vaga na finn. Na
regata final acabou superado
por Eduardo Couto, outro
que também disputa a seletiva da laser -mas já garantido
na China na outra classe.
Ele é filho de Jorge Zarif,
que tem oito títulos de finn
na carreira e também participou da seletiva olímpica da
classe, há duas semanas.
Para Alexandre Tinoco, 25,
que chegou a liderar a seletiva na baía de Guanabara, o
olhar está no horizonte dos
Jogos de Londres-2012.
Tinoco quer aproveitar o
evento para se tornar conhecido e, assim, abocanhar patrocinadores. Seus planos incluem disputar a vaga nos
Jogos de 2012 na 470 ao lado
do irmão, Pedro, que foi campeão na snipe (categoria não
olímpica) no Pan do Rio-07.
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