|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sob a sombra de Castrilli, Lusa tenta regressar a finais
Desde 1998, com arbitragem desastrada do argentino, time não alcança a fase de semifinais do Campeonato Paulista
Hoje, contra o Marília, no Canindé, clube tenta conservar sua posição no G4 para decidir a classificação diante do Santos, na Vila
DA REPORTAGEM LOCAL
A Portuguesa inicia hoje,
contra o Marília, no Canindé, a
série de três partidas que pode
colocar a equipe na semifinal
do Campeonato Paulista.
Desde 1998, quando foi eliminada pelo Corinthians na semifinal -em uma partida que
ficou marcada pela atuação do
árbitro argentino Javier Castrilli-, a Lusa não passa da primeira fase do Estadual.
Dez entre dez torcedores da
Portuguesa apontariam Javier
Castrilli como o responsável
pelo time não disputar a final
do Paulista de 1998.
Há 11 anos, no dia 26 de abril,
o árbitro argentino apitou a segunda semifinal entre Corinthians e Portuguesa.
Castrilli deu dois pênaltis para o time alvinegro -um no final da partida-, e o 2 a 2 deu a
vaga ao time alvinegro.
"O árbitro marcou erroneamente um toque de mão do zagueiro César, aos 49 minutos. A
péssima atuação do argentino
ganhou espaço em toda a mídia
e foi comentada por torcedores
de todas as equipes, que concordavam que a Portuguesa foi
a verdadeira vencedora da partida", conta a Lusa em seu site.
Castrilli, que apitou a Copa
de 1998, encerrou a carreira
ainda naquele ano. De lá para
cá, o árbitro, que ganhou o apelido de Xerife -por ser considerado linha-dura-, ocupa cargos públicos na Argentina.
Por cinco anos foi diretor do
departamento de segurança
nos estádios -cargo ligado à
Secretaria de Justiça da Argentina. Atualmente é diretor de
Esporte do município de Pinamar (na Província de Buenos
Aires). Em 2007, candidatou-se a prefeito de Almirante
Brown (cidade-satélite de Buenos Aires), mas não foi eleito.
Hoje, a Lusa tenta esquecer o
personagem de uma das passagens mais trágicas de sua vida.
"Nós temos a vantagem de
jogar já sabendo dos resultados
dos adversários", disse Luis
Iaúca, vice de futebol da Portuguesa. Das equipes com chances de classificação, só o time
do Canindé atua hoje. Todos os
outros jogariam ontem.
O planejamento do time rubro-verde é vencer em casa o
Marília, que luta contra o rebaixamento, para, na quinta, contra o Santos, jogar por um empate na Vila. O time do litoral
começou a rodada na quinta colocação (30 pontos), com um
ponto a menos do que a Lusa.
Se o plano traçado der certo,
a equipe chegará à última rodada com a vantagem de decidir
em casa a classificação.
No próximo domingo, o time
fecha sua participação na primeira fase do torneio, no Canindé, contra o Santo André.
"A gente sabe que não vai ser
fácil conseguir a classificação,
mas vamos buscar a superação", declarou o técnico Paulo
Bonamigo, que está invicto no
comando do time -foram quatro vitórias e um empate.
O treinador disse que o fato
de a equipe não chegar às finais
de um torneio da elite do futebol há tanto tempo [desde
1998] é uma dificuldade a mais.
"Teremos que trabalhar também isso com os jogadores."
Antes de Bonamigo, Estevam
Soares e Mário Sérgio dirigiram o time neste Paulista.
"A saída do Estevam foi por
fatores extracampo. E a do Mário Sérgio foi aquele problema
com um jogador [o treinador
barrou Felipe Gabriel, o que desagradou à diretoria]. Tenho
certeza de que o Bonamigo ficará muito tempo", falou Iaúca.
Para o cartola, Bonamigo terá vida longa na Lusa. "Acho
que ele vai ter um trabalho aqui
tão longo como o Benazzi."
Vágner Benazzi ficou no clube por mais de dois anos -de
2006 a 2008. Depois de sua saída, em julho do ano passado, a
Portuguesa já teve quatro treinadores (Valdir Espinosa, Estevam Soares, Mário Sérgio e
Paulo Bonamigo).
Texto Anterior: Santos joga mal, culpa bandeirinha e segue sob risco Próximo Texto: Juca Kfouri: A linha do Equador Índice
|