DO ENVIADO A GUAYAQUIL

Não funcionou nas últimas duas eliminatórias, e a logística montada pela CBF para o jogo de hoje contra o Equador também incomoda os jogadores.
A estratégia de ficar dois dias em Guayaquil, onde ontem os termômetros superaram os 30C, e viajar só poucas horas antes de a bola rolar para Quito, onde a temperatura no final da partida deve ficar abaixo dos 15C, tem como principal problema para os atletas brasileiros o fato de terem que levantar cedo, por volta das 8h, o que foge da rotina deles nos dias das partidas (o comum é ninguém sair da cama antes das 11h).
"Não sei dizer se é melhor assim, mas os médicos falam que sim. Mas é prejudicial porque a gente não pode dormir até tarde", declarou o zagueiro Lúcio, com palavras praticamente idênticas às do atacante Luis Fabiano, outro que não vê como bons olhos ter de ser despertado no início da manhã.
A comissão técnica da seleção prefere levar os jogadores para Quito apenas hoje porque considera que assim os atletas sofrem menos os efeitos dos 2.850 m da altitude de Quito.
Depois do jogo, haverá mais desgaste. O time já embarca para Porto Alegre, onde joga na quarta-feira. O desembarque está previsto para o início da manhã de segunda-feira, o que deve inviabilizar qualquer contato com a bola para quem entrar em campo hoje.
Além dos problemas de logística, os jogadores da seleção brasileira se queixaram do comportamento dos equatorianos, que, segundo eles, estão exagerando no menosprezo ao time "pentacampeão mundial".
"Tem que ter mais respeito com a seleção", disse Luis Fabiano. O jogador do Sevilla afirma que o Chile, no ano passado, também exagerou nas palavras e acabou derrotado (por 3 a 0, como dois gols dele). (PC)


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