São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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Ponto forte, defesas vão mal e apimentam clássico

Corinthians e São Paulo não justificam a fama de times menos vazados até ontem

Corinthians 4
São Paulo 3

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Elias (centro) comemora com Ronaldo e Ralf o primeiro gol do Corinthians no clássico de ontem

DA REPORTAGEM LOCAL

Corinthians e São Paulo entraram no gramado do Pacaembu com o status de melhores defesas do Campeonato Paulista. Até ontem, cada time havia sofrido 14 gols em 16 partidas.
Porém foram as falhas defensivas que determinaram o placar cheio de gols do primeiro Majestoso da temporada.
A zaga titular do São Paulo, Alex Silva e Miranda, estava havia quatro partidas sem tomar um gol. Ontem, sofreu quatro tentos de uma vez, algo inédito para o São Paulo de 2010.
A última vez em que o time havia tomado tantos gols foi em dezembro, contra o Goiás, pelo Brasileiro. A derrota por 4 a 2 tirou o heptacampeonato nacional do time do Morumbi.
A defesa corintiana, que estava sem o titular Chicão, contundido, tampouco havia tomado três gols em um único jogo nesta temporada.
Mas foram os goleiros, a partir do segundo tempo, os maiores protagonistas do 4 a 3.
O corintiano Rafael Santos, que ontem substituía o lesionado Felipe, foi mal. O segundo e o terceiro gols são-paulinos foram resultado de falhas suas.
Já Rogério falhou ao aceitar o chute forte, mas rasteiro, de Roberto Carlos, que resultou no terceiro gol corintiano.
No início da partida, porém, o camisa 1 são-paulino dava sinais de que deixaria o campo como destaque de sua equipe.
Logo aos 16min, salvou um chute de William, após Paulo André e Dentinho, no mesmo lance, terem visto suas tentativas baterem na trave.
Mas, dois minutos depois, Rogério não alcançou o chute de Elias. Após uma ótima troca de passes com Dentinho e Ronaldo, o volante bateu em seu canto esquerdo e fez 1 a 0.
No outro extremo do campo, a defesa corintiana conseguia afastar, sem grande dificuldade, as tentativas do São Paulo. Nem tanto por seu próprio mérito, mas também porque o time tricolor era pouco objetivo.
A ineficiência da estratégia são-paulina no ataque e seus problemas na defesa ficaram ainda mais claros aos 35min.
Em contra-ataque pela esquerda, Dentinho ganhou de Jean e cruzou para a área. A bola tinha Ronaldo como destino, mas o camisa 9 caiu. Ainda assim, Elias ficou com a sobra e tocou para Danilo, que chutou, com efeito, outra vez no canto esquerdo de Rogério.
A comemoração do segundo gol corintiano foi o último momento em que o jogo teve 22 jogadores em campo. Dentinho deu uma cotovelada em Washington, que antes o havia chutado. Resultado: os dois atacantes foram expulsos.
Depois da confusão, o São Paulo, finalmente, criou chances reais de marcar. Tanto que Jean descontou aos 43min.
Mas, quando o São Paulo mais pressionava pelo empate, Rogério não pegou o chute rasteiro de Roberto Carlos, aos 7min, e pareceu sepultar qualquer esperança são-paulina.
O que os corintianos não esperavam é que Rafael Santos fosse ser o maior responsável pela reação dos rivais.
O goleiro foi mal em duas cobranças de falta, aos 29min e aos 37min, e, nas duas vezes, viu Rodrigo Souto empatar.
Porém o festival de falhas defensivas ainda não tinha acabado. E teve seu epílogo já nos acréscimos, quando a bola chutada por Iarley recebeu um desvio de Alex Silva: 4 a 3.
Saldo final no Pacaembu: um Corinthians ainda vivo no Paulista. E um São Paulo ainda no G4, mas com três derrotas em três clássicos de 2010.
(CAROLINA ARAÚJO E PAULO GALDIERI)


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