São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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JUCA KFOURI

Só o Mano não mereceu


O Corinthians, enfim, jogou bem. Mas por muito pouco as alterações do seu técnico não puseram tudo a perder

NÃO É que o Corinthians tenha jogado apenas bem; na verdade, o Corinthians fez sua melhor partida em 2010.
No primeiro tempo, principalmente, o Corinthians jogou mais, muito melhor que o São Paulo.
Fez de tudo. Mandou duas bolas na trave no mesmo lance, roubou bolas em cima de bolas de um rival que parecia sem entender o que se passava e marcou dois gols exatamente graças às bolas roubadas, a primeira por Jucilei, no meio, a segunda por Elias, na área adversária.
Os belos gols de Elias e Danilo, pareciam ter acabado com o São Paulo, mas as expulsões de Dentinho e Washington, a nota destoante de um lindo clássico, mudaram a cara do jogo, do que Hernanes se aproveitou para dar a Jean o gol da ressurreição tricolor.
Ricardo Gomes acertou duas vezes no segundo tempo e errou uma: acertou ao tirar Léo Lima e botar Fernandinho logo no intervalo, como ao trocar, no fim, Dagoberto por Marlos. Mas se acertou também ao por Cicinho em campo, errou ao tirar Hernanes, que tinha acabado de dar o segundo gol para Rodrigo Souto numa batida de roupa molhada do goleiro corintiano Rafael.
Menos mal, para os alvinegros, que, antes, Roberto Carlos obrigara Rogério Ceni a engolir um frango d'água em cobrança de falta.
Com 3 a 2 o jogo nasceu de novo e Mano Menezes passou a errar.
Tirou Elias, um dos melhores, a pedido, para entrada do fraco Tcheco. Fez entrar Jorge Henrique, mas no lugar de Danilo, outro dos melhores, em vez de tirar Ronaldo.
E só foi tirar o Fenômeno quando Rafael falhou de novo e Rodrigo Souto marcou de novo, aí o gol de empate, do 3 a 3 que parecia abrir a possibilidade de o São Paulo virar, porque estava mais encorpado.
Ronaldo saiu para Iarley entrar.
E Mano Menezes teve a imerecida sorte de vê-lo bater forte para dentro da área e Alex Silva desviar para a justa vitória corintiana.
Futebol é mesmo um esporte fabuloso. Quem diria que Corinthians e São Paulo fariam um clássico como o de ontem? Já imaginou se repetem a dose na Libertadores?

Relembranças
Não houve espaço ontem, aqui, para lembrar que quando João Havelange ganhou a Fifa perdeu a CBD, o que Ricardo Teixeira não quer correr o risco de ver, mais uma razão para apostar em Kléber Leite.
Havelange, por sinal, aos 94 anos, anda mais na moda do que nunca.
É um tal de entrevista aqui, prêmio acolá, mais entrevista ali, sempre para negar que só fez aquilo que jura jamais ter feito, isto é, política. E com pê minúsculo, porque invariavelmente envolvido com ditadores de direita e de esquerda.
A primeira eleição na CBD depois que o poderoso Giovanne, como Teixeira gosta de chamá-lo, assumiu a Fifa teve vitória do saudoso Giulite Coutinho, contra o candidato de Havelange, Rubens Hoffmeister, gaúcho como Fábio Koff.
Hoffmeister era uma espécie de Eurico Miranda, que hoje apoia Koff. E Coutinho foi o melhor presidente da história da CBD/CBF.

Lembrete
Fernando Sarney segue sendo vice-presidente da CBF.

blogdojuca@uol.com.br


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