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Parreira compara equipe a uma escola de samba
DO ENVIADO A BUDAPESTE
A seleção brasileira é conhecida
em boa parte do mundo como "o
time do samba". A partir de agora, segundo os planos do técnico
Carlos Alberto Parreira, essa expressão vai ganhar ainda mais
força. Exultante após a primeira
vitória convincente em muito
tempo, o treinador comparou sua
equipe a uma escola de samba.
"Estamos fazendo como muitas
empresas, que usam as escolas como exemplo perfeito de equipe",
afirmou o técnico, reconhecidamente um adorador da pintura.
"São 4.000 pessoas e dez quesitos. O campeão é quem faz melhor todos eles. No futebol tem
que ser assim. Não adianta ter
qualidade técnica e não desenvolver bem os outros quesitos", declarou o treinador brasileiro.
Questionado sobre qual seria
seu cargo na "escola de samba" da
seleção, Parreira respondeu bem-humorado. "Eu só posso ser o
carnavalesco", disse, referindo-se
a quem idealiza todo o desfile.
Ao final da entrevista, Parreira
mostrou uma face marqueteira
rara para ele. Falando em nome
da comissão técnica e dos jogadores, agradeceu ao povo de Budapeste pela acolhida que a seleção
teve na cidade -quase 30 mil
pessoas foram ao estádio Puskas
só para acompanhar um treino.
Além de falar de samba e de fazer o papel de relações-públicas, o
treinador exaltou o potencial do
time que treina. "Só estamos jogando com 60% do nosso potencial. Os outros já estão no limite",
afirmou Parreira, que volta a reunir a equipe na segunda quinzena
de maio para os amistosos contra
a França, em Paris, e seleção da
Catalunha, em Barcelona. Os dois
jogos irão preparar o time para os
confrontos do começo de junho,
pelas eliminatórias sul-americanas, contra Argentina e Chile.
A seleção brasileira terminou o
jogo contra os húngaros com um
problema médico. O volante Edu
recebeu uma bolada no olho e não
pôde permanecer na partida.
"Vou passar em um oftamologista aqui mesmo, em Budapeste,
para saber melhor o que aconteceu", afirmou, preocupado, o volante do Arsenal.
(PC)
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