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Finalistas prometem ofensividade
No esquema 4-4-2, com dois armadores no meio, Santos e São Caetano acham que terão espaço para atacar pelo título
Zé Roberto diz que rival "joga e deixa jogar'; Dorival Júnior testa volante na vaga do suspenso Canindé, mas deve optar por meia reserva
JULYANA TRAVAGLIA
LUÍS FERRARI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
Depois de três empates (dois
deles sem gols) nos quatro jogos de mata-matas do Campeonato Paulista, Santos e São Caetano prometem um duelo mais
franco e com mais chances de
gols na final desta tarde.
E o padrão tático exibido pelos dois finalistas até o momento faz jus à expectativa.
O atual campeão paulista e o
time do ABC destacaram-se no
Estadual por terem escalado
dois armadores no meio-campo, contra a tendência recente
de armar o setor com apenas
um encarregado da criação.
No Santos, Zé Roberto e Cléber Santana dividem a missão
de municiar os atacantes.
Na equipe do São Caetano,
que também deve entrar em
campo no 4-4-2 na tarde de hoje, os maestros do meio são
Douglas e Canindé.
Nem a ausência do último,
suspenso hoje, fará Dorival Júnior abrir mão do padrão tático.
Ele chegou a testar o volante
Marabá nesta vaga durante a
semana, mas deve optar por
Ademir Sopa. "O Dorival [Jr.,
técnico do São Caetano] me
deu a mesma liberdade que o
Canindé tem para sair para o
ataque", conta o meia, dono de
um toque de bola mais refinado
que o do concorrente.
"O São Caetano é diferente
do Bragantino [rival do Santos
nas semifinais]. É um time
mais rápido, que tem precisão
nas trocas de bola. Pode ser um
jogo mais aberto em razão disso", diz Vanderlei Luxemburgo.
É o que espera o meia Zé Roberto. "Eles jogam e deixam jogar. É bem parecido com o estilo do Santos. Se jogarem como
fizeram ao longo do torneio,
com certeza, vai sobrar mais espaço", avalia o camisa 10, destaque do Santos.
No São Caetano, o camisa 10
também é quem mais brilha. "O
Douglas é fundamental. Ele dá
o tempo certo para o jogo, sabe
cadenciá-lo ou colocar velocidade quando necessário", conta Dorival Júnior sobre o atleta
que sempre recebe as bolas nos
contra-ataques.
Segundo o zagueiro Adaílton,
ele não terá um perseguidor só.
"Sabemos da qualidade dele.
Não pode ter espaço. Mas marcação individual é complicado,
os outros também são bem rápidos", fala o santista, que espera um embate mais movimentado que os com o Bragantino.
Nem a vantagem de ser campeão com dois empates faz os
santistas abrirem mão de uma
partida mais franca que às das
semifinais.
"Não podemos deixar cair [o
padrão] agora no final. Como
temos a vantagem, cada gol que
fizermos aumenta a dificuldade
do adversário", diz o atacante
Marcos Aurélio.
Colaboraram RENAN CACIOLI, da Reportagem
Local, e MARIANA CAMPOS, da Agência Folha
NA TV - São Caetano x Santos
Globo (SP), Band e Sportv, às 16h
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