|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Popó não resiste a investidas de rival e perde nos EUA
Após ter sofrido 222 golpes, brasileiro vê seu técnico parar luta antes do início do nono assalto e amarga sua 2ª derrota
Pugilista fracassa no duelo de unificação dos cinturões dos leves contra Juan Diaz, que agora passa a ostentar os títulos da AMB e da OMB
EDUARDO OHATA
ENVIADO ESPECIAL A MASHANTUCKET
Acelino Freitas, 31, o Popó,
não suportou a agressividade e
o volume de golpes do americano Juan "El Torito" Diaz ontem
à noite, não retornou para o nono assalto e perdeu a unificação
dos títulos dos leves da AMB
(Associação Mundial de Boxe)
e OMB (Organização Mundial
de Boxe) nos EUA.
"Foi minha a decisão de parar a luta. Não queria que esse
jovem [Popó] fosse punido excessivamente. Ele não conseguiu se recuperar depois daquele último golpe [desferido
por Diaz no oitavo assalto]",
disse o técnico Oscar Suarez.
O duelo foi visto por 3.150
pessoas, que foram ao cassino
Foxwoods, em Mashantucket,
que celebrava sua centésima
programação de boxe.
Nos últimos quatro assaltos,
Diaz acertou 125 golpes, contra
só 56 do brasileiro. No total, foram 222 golpes do americano; o
brasileiro conectou com 159.
"Ele é um cara duro, é um
guerreiro. Mas nunca me machucou. Ele acertou alguns golpes limpos, mas fiquei em cima
dele", disse Diaz, após o duelo.
Ambos os lutadores alternaram o domínio nos assaltos iniciais, mas, a partir do quinto assalto, Diaz venceu todos.
No quinto assalto, em troca
franca de golpes, Popó levou a
pior, tomou golpes fortes e foi
forçado a entrar em clinche,
mas havia se recuperado ao
som da campainha. Mas, no sétimo e oitavos assaltos, o brasileiro, que descuidava da guarda, voltou a ser bem castigado,
com socos limpos e precisos,
especialmente no rosto.
Toda vez em que ficava preso
nas cordas, o domínio de Diaz
era total, e os contragolpes de
Popó foram se tornando raros.
No momento da interrupção
da luta pelo árbitro, os jurados
que acompanhavam o duelo
viam a vitória de Diaz por 77 a
75, 79 a 73 e 76 a 75.
O brasileiro não pisava no
ringue há quase exatamente
um ano. Em 29 de abril de
2006, Popó havia reconquistado o cinturão da OMB ao derrotar o americano Zahir Raheen
por pontos em 12 assaltos.
Era a segunda vez que Popó
disputava unificação. A primeira vez, pelos superpenas, em janeiro de 2002, foi quando bateu o cubano Joel Casamayor,
também por títulos da AMB e
da OMB, por pontos.
Juan Diaz ganhara o título
em 17 de julho de 2004 do mongol Lakva Sim. Desde então, fez
cinco defesas do título -venceu três por pontos e duas por
nocaute. Agora, Popó soma 38
vitórias e 2 derrotas. Diaz manteve-se invicto, com 32 vitórias.
Na principal preliminar da
noite, pelos títulos da NABF
(Federação Norte-Americana
de Boxe) e NABA (Associação
Norte-Americana de Boxe), Agnaldo Nunes bateu Carlos Navarro (EUA) por decisão majoritária. Um dos jurados viu empate, mas os outros dois optaram pela vitória do brasileiro.
O cartel profissional de Nunes tem agora 18 vitórias, 8 nocautes, 1 derrota e 1 empate. E o
de Navarro: 27 vitórias, 22 nocautes, 5 derrotas e 1 empate.
Em outra preliminar, outro
brasileiro, o médio Isaac Rodrigues, superou Hollister Elliott
por pontos em quatro assaltos e
manteve-se invicto. Passou a
ter 8 vitórias, 7 delas por nocaute. Um dos jurados também viu
um empate, mas outros dois
deram a vitória ao brasileiro.
O jornalista EDUARDO OHATA viajou a convite da Banner Promotions
Texto Anterior: Loterias Próximo Texto: Frase Índice
|