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Pelo alto, laterais servem "baixinhos" de Luxemburgo
Segundo Datafolha, Palmeiras, abastecido por Élder Granja
e Leandro, tem 2ª maior média de cruzamentos do Paulista
Dos dez gols com a cabeça feitos pelo time no Estadual,
um foi de Valdivia, 1,73 m, outro de Kléber, 1,73 m, e
seis de Alex Mineiro, 1,75 m
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras é o recordista de
gols de cabeça no Campeonato
Paulista. E não foi com um
exército de grandalhões que o
time conseguiu esse feito.
Para os padrões atuais, a média dos três titulares mais ofensivos da equipe (Valdivia, Kléber e Alex Mineiro) é bastante
modesta (1,74 m). Entre os
grandes, nenhum tem um ataque tão baixo. Reservas palmeirenses do setor também ficam
abaixo do 1,80 m, como Lenny
(1,71 m) e Denílson (1,78 m).
E os "baixinhos" foram os
principais responsáveis pelos
dez gols, segundo o Datafolha,
feitos pelo Palmeiras com a cabeça. Alex Mineiro, o "gigante"
da turma titular, com 1,75 m,
marcou seis vezes dessa forma
-divide o recorde da competição com o são-paulino Adriano,
1,90 m. Valdivia e Kléber, com
1,73 m, fizeram um cada um -o
segundo marcou com a cabeça
o gol do triunfo diante da Ponte
Preta no primeiro jogo da final.
"O [Vanderlei] Luxemburgo
diz que o que vale é o posicionamento do jogador e a repetição
nos treinos, não o tamanho",
comentou o volante Martinez.
Nos outros times grandes,
sobram atacantes de estatura
maior. A lista de quem tem pelo
menos 1,80 m é enorme. Estão
nela, por exemplo, os corintianos Herrera, Acosta e Finazzi,
que juntos só fizeram um gol
com a cabeça nesta temporada.
Para marcar tantos gols de
cabeça mesmo com atacantes
baixos, o Palmeiras abusa dos
cruzamentos. Segundo o Datafolha, o clube é o segundo que
mais tenta esse tipo de jogada,
com 29,5 tentativas por jogo.
Os adversários devem mirar
os laterais palmeirenses para
barrarem os cruzamentos e os
gols de cabeça. Leandro, o esquerdo, é o terceiro maior cruzador do Paulista. Élder Granja, pela direita, é o segundo.
Juntos, eles respondem por
mais de dois terços dos cruzamentos da equipe verde.
Colaborou TONI ASSIS, enviado
especial a Recife
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