São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2008

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Pelo alto, laterais servem "baixinhos" de Luxemburgo

Segundo Datafolha, Palmeiras, abastecido por Élder Granja e Leandro, tem 2ª maior média de cruzamentos do Paulista

Dos dez gols com a cabeça feitos pelo time no Estadual, um foi de Valdivia, 1,73 m, outro de Kléber, 1,73 m, e seis de Alex Mineiro, 1,75 m

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras é o recordista de gols de cabeça no Campeonato Paulista. E não foi com um exército de grandalhões que o time conseguiu esse feito.
Para os padrões atuais, a média dos três titulares mais ofensivos da equipe (Valdivia, Kléber e Alex Mineiro) é bastante modesta (1,74 m). Entre os grandes, nenhum tem um ataque tão baixo. Reservas palmeirenses do setor também ficam abaixo do 1,80 m, como Lenny (1,71 m) e Denílson (1,78 m).
E os "baixinhos" foram os principais responsáveis pelos dez gols, segundo o Datafolha, feitos pelo Palmeiras com a cabeça. Alex Mineiro, o "gigante" da turma titular, com 1,75 m, marcou seis vezes dessa forma -divide o recorde da competição com o são-paulino Adriano, 1,90 m. Valdivia e Kléber, com 1,73 m, fizeram um cada um -o segundo marcou com a cabeça o gol do triunfo diante da Ponte Preta no primeiro jogo da final.
"O [Vanderlei] Luxemburgo diz que o que vale é o posicionamento do jogador e a repetição nos treinos, não o tamanho", comentou o volante Martinez.
Nos outros times grandes, sobram atacantes de estatura maior. A lista de quem tem pelo menos 1,80 m é enorme. Estão nela, por exemplo, os corintianos Herrera, Acosta e Finazzi, que juntos só fizeram um gol com a cabeça nesta temporada.
Para marcar tantos gols de cabeça mesmo com atacantes baixos, o Palmeiras abusa dos cruzamentos. Segundo o Datafolha, o clube é o segundo que mais tenta esse tipo de jogada, com 29,5 tentativas por jogo.
Os adversários devem mirar os laterais palmeirenses para barrarem os cruzamentos e os gols de cabeça. Leandro, o esquerdo, é o terceiro maior cruzador do Paulista. Élder Granja, pela direita, é o segundo.
Juntos, eles respondem por mais de dois terços dos cruzamentos da equipe verde.


Colaborou TONI ASSIS, enviado especial a Recife

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