São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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Pior revés ronda Luxemburgo

Caso Palmeiras não ganhe do Colo Colo, técnico terá seu desempenho mais fraco em 6 Libertadores

Sem títulos internacionais importantes com clubes, treinador teve uma única eliminação prematura, e isso só após sua demissão

'El Mercurio'
Luxemburgo, durante o reconhecimento no estádio Monumental


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO

Não é só o futuro do Palmeiras que estará em jogo hoje, a partir das 21h50, no estádio Monumental, no Chile. Mais uma vez o prestígio internacional de Vanderlei Luxemburgo será colocado em xeque no duelo diante do Colo Colo.
Também estará em jogo o prestígio do treinador dentro do clube, pois não haverá mudanças no comando técnico, segundo a diretoria palmeirense.
"Se não vencermos, a vida continua. Não se pode quebrar um planejamento por isso", declarou Luxemburgo.
Se não vencer os donos da casa, o treinador dará adeus à competição sem conseguir levar o time até o mata-mata, fato só ocorrido quando foi demitido do Cruzeiro, em 2004. Mesmo assim, ele deixara o clube mineiro invicto no torneio.
Um dos técnicos mais vitoriosos da história do futebol nacional -o que inclui cinco taças do Brasileiro, uma da Copa do Brasil e oito do Paulista-, Luxemburgo ainda não conseguiu sucesso longe do Brasil.
Exceção feita à Copa América que ele ganhou em 1999 com a seleção brasileira, no Paraguai, o treinador fracassou nas principais competições internacionais que disputou.
Nessa história, a Libertadores, na qual compete pela sexta vez, é um capítulo à parte.
Na primeira vez em que testou sua força na competição, ele estava no início de sua sequência de triunfos caseiros. Em 1991, dirigiu o Flamengo.
Depois de avançar invicto na etapa de grupos e de despachar o Deportivo Táchira, da Venezuela, o time rubro-negro caiu perante o Boca Juniors, da Argentina, nas quartas-de-final.
Três anos mais tarde, vindo de seu primeiro título brasileiro, o técnico levou o Palmeiras até as oitavas de final.
O clube vinha de uma difícil classificação na fase anterior, quando passou como terceiro colocado no grupo que tinha Cruzeiro, Boca Juniors e Vélez Sarsfield (o futuro campeão).
Em 2004, outra vez à frente do então melhor clube do país, o Cruzeiro, Luxemburgo foi demitido sem ter perdido nenhuma das partidas. Saiu de lá com duas vitórias e um empate, depois de crise interna.
Naquela mesma edição, pegou o Santos já nas oitavas de final, quando eliminou a LDU, mas não conseguiu bater o Once Caldas e foi eliminado.
O atual comandante palmeirense voltou a disputar o torneio continental depois de ter falhado em sua passagem europeia pelo Real Madrid, em 2005. Na edição de 2007, mais uma vez dirigindo o Santos, obteve seu melhor desempenho até aqui. Só foi brecado na semifinal, eliminado pelo Grêmio em plena Vila Belmiro.
Luxemburgo contabiliza 45 jogos na Libertadores. Venceu 27, empatou 9 e perdeu 9.
Mesmo diante de tanta pressão, o treinador tem respaldo da diretoria do Palmeiras, principalmente do vice-presidente do clube Gilberto Cipullo.
A possibilidade de eliminação precoce da equipe na principal competição da temporada não deverá mudar os planos do clube em continuar com Luxemburgo até o final de seu contrato, que se estende até esta temporada se encerrar.


NA TV - Colo Colo x Palmeiras Sportv, ao vivo, às 21h50



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