|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
finalista
Corinthians tipo B vai a decisão nível A
Sofrido e na disputa de pênaltis, clube derrota o Botafogo e avança à final da Copa do Brasil, na qual vai encarar o Sport
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
|
|
O goleiro Felipe vibra com defesa da cobrança do pênalti de Zé Carlos que pôs o Corinthians na final
Corinthians 2 (5)
Botafogo 1 (4)
LUÍS FERRARI
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi sofrido, foi tenso, foi nervoso. E foi nos pênaltis. Os 62
mil torcedores sofreram além
do tempo normal para conhecer o finalista da Copa do Brasil, no Morumbi. E, para os corintianos, foi extasiante. Agora,
a equipe enfrentará o Sport na
decisão (os mandos serão sorteados hoje pela CBF).
Depois de 90 minutos de embate, mais nove cobranças de
pênalti, o Corinthians tipo B
fez seu público explodir de alegria quando Felipe espalmou a
cobrança de Zé Carlos e levou a
equipe à decisão nacional.
Justamente pelas mãos do
goleiro, que durante o jogo falhara e colocara em risco a classificação. Justamente pelo único jogador que não assistiu a
nenhuma das cobranças de
seus companheiros -o camisa
1 esperava ajoelhado, de costas
e rezando enquanto os corintianos empurravam a bola para
a rede na série decisiva.
"Nada acontece por acaso.
Teve a queda, mas houve uma
virada no clube. E os resultados
começam a vir", celebrou o goleiro. "É inesquecível."
A sofrida classificação mantém o Corinthians no caminho
da redenção precoce e de uma
volta também inesperada à Libertadores em ano de calvário
na segunda divisão nacional.
E vai decidir o título diante
de um time comandado por
Nelsinho Baptista, técnico no
trágico rebaixamento em 2007.
O sofrimento que só terminou nos pênaltis começou antes do jogo, na disputa entre
técnicos para segurar o máximo possível as escalações.
O corintiano Mano Menezes
escalou um Corinthians diferente do usual. Ele pôs Alessandro na direita, como ala.
Pela esquerda, Wellington
Saci ficou fixo como lateral.
Pelo Botafogo, também desfalcado -sem o volante Túlio e
o lateral-direito Alessandro-,
o técnico Cuca seguiu o exemplo do colega corintiano e alterou o jeito de o time jogar. Mesmo precisando apenas segurar
o empate, escalou três atacantes, mais o meia Lúcio Flavio.
À medida em que o tempo se
esvaía, a partida ficou nervosa,
a ponto de o primeiro tempo
acabar com ambas as equipes
com ânimos exaltados e pressionando o árbitro do Paraná
Evandro Rogério Roman.
O segundo tempo começou
com Mano Menezes expulso e o
Corinthians modificado.
A mudança empurrou Herrera para a direita e deixou o
uruguaio Acosta como centroavante. E, aos 7min, a combinação culminou no primeiro gol
corintiano na partida.
Herrera se aproveitou de vacilo do zagueiro Renato Silva e
levou a bola para a linha de fundo. O argentino esperou Acosta
se posicionar no meio da área e
tocou para o companheiro chutar colocado e fazer 1 a 0.
Mas o botafoguense que permitiu o gol corintiano se recuperou três minutos depois. Em
cobrança de escanteio, Felipe
falhou na saída para cortar o
cruzamento e a bola sobrou para o defensor empurrar: 1 a 1.
Com o empate, o jogo se tornou ainda mais eletrizante. E
ganhou emoção aos 20min,
quando Chicão bateu falta,
contou com falha de Castillo e
pôs o Corinthians na frente.
O resultado, no entanto, levava a decisão da vaga para a disputa de pênaltis. O Corinthians
aumentou ainda mais a pressão
sobre o rival, que voltou a se livrar da bola e, esporadicamente, contragolpear.
Mas nem os corintianos nem
os botafoguenses evitaram a
cobrança de pênaltis.
Deixaram para Felipe resolver e, bem ao gosto corintiano,
com sofrimento. Desta vez,
com final mais do que feliz.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Frases Índice
|