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Técnico diz que ação de Joanna é desumana
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O ex-treinador de Joanna
Maranhão, Eugênio Miranda,
divulgou ontem carta-resposta
à mensagem em que a atleta detalha o suposto abuso sexual
que sofreu do técnico.
Miranda, que processa a nadadora e sua mãe, Terezinha
Maranhão, por suposta difamação, nega a acusação. "Quem
desabafa e clama por justiça
sou eu", escreveu ele.
Na mensagem que enviou à
mãe e que seria lida em audiência anteontem, em Recife, a nadadora declarou: "Quero dizer
que o fato de ele ter me despido
na cama da própria esposa e ter
me bolinado enquanto eu chorava e pedia para ele parar ainda é um fato que me enoja e me
dói, mas não me derrotou".
Os supostos abusos teriam
ocorrido em 1996. Como o episódio ocorreu há 12 anos, e a
atleta já tem 21, ela não pode
mais processar o treinador.
"Sou inocente e jamais pratiquei atos de abuso sexual", disse Miranda na carta. "Não é
possível que alguém, por pura
maldade, destrua a vida de uma
família, como está ocorrendo
comigo, com minha mulher e
meus filhos, e fique impune."
Miranda afirmou ainda que
"tudo não passa de pura invencionice". "Joanna Maranhão
me jogou na lama e, ainda não
satisfeita, continua tripudiando sobre a minha pessoa. Isso é
desumano", escreveu.
Em tom de apelo, pediu que
sua vida e a da atleta sejam investigadas pela imprensa. Afirmou que, nos clubes e escolas
onde lecionou natação e educação física por 28 anos, jamais
houve reclamação sobre ele.
Miranda disse também que
Joanna se trata de pessoa de difícil relacionamento pessoal.
Para o advogado da atleta,
Carlos Gil, o ex-técnico tenta
desacreditá-la. E lembra que
outras duas pessoas irão testemunhar como vítimas.
Joanna está na Espanha com
a seleção. Seu texto, enviado à
mãe, seria lido anteontem. A
sessão, porém, não ocorreu, e o
processo foi interrompido por
ter como base a Lei de Imprensa, suspensa em parte pelo Supremo Tribunal Federal.
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