DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

As declarações de Luiz Felipe Scolari em sua última entrevista coletiva antes da final da Copa do Mundo foram o rastilho de pólvora que faltava para detonar um arsenal de especulações quanto ao futuro do treinador da seleção.
No hotel onde o time espera a final de amanhã contra a Alemanha, Scolari afirmou que gostaria de trabalhar em uma seleção de um outro país que não o Brasil.
Foi o suficiente para que boatos em relação a um suposto acerto do técnico com a Federação de Futebol do Japão surgissem no corpo técnico da própria CBF.
A tese faz sentido. Scolari já trabalhou no Japão, no primeiro semestre de 1997, no Jubilo Iwata, e gostou. O rico país quer contratar um campeão mundial para preparar sua equipe nacional rumo a Copa-2006. Assim, faltaria ao treinador ganhar da Alemanha e dizer sim ao convite dos orientais.
As assessorias de imprensa da CBF e do próprio técnico negaram a existência de um convite.
Na entrevista, Scolari também afirmou que um de seus objetivos é dirigir um time europeu. Isso bastou para que italianos e espanhóis que circulam pelo lobby do hotel Prince dissessem que o treinador já iniciou negociações com os grandes clubes da Europa.
O destino do técnico seria um dos também milionários times das ligas nacionais da Espanha e da Itália. Novamente, as duas assessorias de imprensa negaram.
Segundo os assessores, Scolari está concentrado na decisão do Mundial e só decidirá sobre seu futuro depois do final do torneio.
Ontem, o treinador recebeu a visita de Carlos Alberto Parreira, campeão da Copa de 1994 com o Brasil. Para o técnico, que, terminado o Mundial daquele ano, recusou o convite para permanecer no comando da equipe nacional, Scolari deve continuar onde está.
"Com certeza, depois de descansar, ele pensará melhor. Se a CBF mantiver o convite para ele ficar, acho que poderá continuar. Seria muito bom para o futebol brasileiro." (FV, FM, JAB, PC E SR)


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