São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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BRASIL

Técnico vê motivação maior com chegada de parentes de integrantes da comissão técnica

Inchada, família Scolari vai à final com mais de 60 membros

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

Depois de 47 dias longe de casa, a "família Scolari" ganhou novos integrantes. Parentes de boa parte dos membros da comissão técnica e dos jogadores da seleção desembarcaram no Japão para acompanhar a decisão da Copa.
A "importação" dos familiares para o Japão é vista por Luiz Felipe Scolari como mais um fator de motivação para a partida de amanhã. Antes do jogo contra os turcos, na semifinal, o técnico mostrou aos atletas um vídeo que exibia, entre outras coisas, cenas dos atletas com seus parentes.
O próprio treinador, que antes do embarque em 12 de maio dissera que não levaria ninguém para a Ásia, já está acompanhado de seu filho mais velho, Leonardo, 19. Sua mulher, Olga, e o caçula Fabrício, 9, ficaram no Brasil.
Estudante de direito, Leonardo Scolari está hospedado no hotel da seleção desde ontem com o empresário gaúcho Gilmar Veloz, amigo e procurador do técnico.
O filho do treinador preferiu não dar entrevista ao ser procurado pelos repórteres no saguão do hotel Prince Yokohama.
Agora, a família de Scolari tem três membros no Japão. O sobrinho do técnico, Darlan Schneider, é auxiliar de preparação física.
Amigo do treinador há duas décadas, o auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, também não está mais sozinho em terras japonesas. Sua filha Fernanda chegou ontem lá.
O médico José Luís Runco, que levou a mulher e a filha para a final, disse que a presença de familiares serve para descontrair o time e aliviar a saudade. "É muito tempo longe de casa. O jogador nessa hora está tenso, nós também. É importante ter o apoio de quem a gente ama", afirmou ele.
Outro que chegou com o "comboio familiar" foi Anderson Paixão, 23, filho do preparador físico Paulo Paixão.

De pertinho
Quase todos os familiares chegaram ao aeroporto de Narita, a 40 minutos de Tóquio, em vôo fretado pela CBF -o mesmo que levará a delegação brasileira de volta ao Brasil na segunda-feira.
Alguns jogadores também receberão o apoio "in loco" dos familiares. O atacante Ronaldo levou à Ásia seu pai, Nélio, sua mulher, Milene, e o único filho, Ronald, 2.
Ronaldinho foi outro que levou quase toda a família para a decisão. Estão no Japão sua mãe, Miguelina, a irmã Deise e o irmão Assis, ex-jogador do Grêmio, que desembarcou há duas semanas.
Para o atacante gaúcho, de 22 anos, a presença da família o auxilia na hora do jogo. "Sei que eles estão me vendo, e isso me ajuda."
Também levaram parentes à Ásia o zagueiro Roque Júnior (seu pai, Roque, acompanha a seleção desde Ulsan, na Coréia do Sul) e o meia-atacante Juninho.
Mas a presença de parentes não representa apenas alegria para a família Scolari. Às vésperas da decisão, o atacante Luizão preocupou-se por não ter conseguido hospedagem para seus pais.
Para evitar que o técnico soubesse do caso e brigasse com o atleta, um amigo de Scolari interveio e resolveu a questão.
A ""família Scolari", agora com mais de 60 pessoas, está toda reunida. Esperando apenas a vitória para, junta, comemorar o quinto título do Brasil. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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