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BRASIL
Técnico vê motivação maior com chegada de parentes de integrantes da comissão técnica
Inchada, família Scolari vai à final com mais de 60 membros
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
Depois de 47 dias longe de casa,
a "família Scolari" ganhou novos
integrantes. Parentes de boa parte
dos membros da comissão técnica e dos jogadores da seleção desembarcaram no Japão para
acompanhar a decisão da Copa.
A "importação" dos familiares
para o Japão é vista por Luiz Felipe Scolari como mais um fator de
motivação para a partida de amanhã. Antes do jogo contra os turcos, na semifinal, o técnico mostrou aos atletas um vídeo que exibia, entre outras coisas, cenas dos
atletas com seus parentes.
O próprio treinador, que antes
do embarque em 12 de maio dissera que não levaria ninguém para a Ásia, já está acompanhado de
seu filho mais velho, Leonardo,
19. Sua mulher, Olga, e o caçula
Fabrício, 9, ficaram no Brasil.
Estudante de direito, Leonardo
Scolari está hospedado no hotel
da seleção desde ontem com o
empresário gaúcho Gilmar Veloz,
amigo e procurador do técnico.
O filho do treinador preferiu
não dar entrevista ao ser procurado pelos repórteres no saguão do
hotel Prince Yokohama.
Agora, a família de Scolari tem
três membros no Japão. O sobrinho do técnico, Darlan Schneider,
é auxiliar de preparação física.
Amigo do treinador há duas décadas, o auxiliar Flávio Teixeira, o
Murtosa, também não está mais
sozinho em terras japonesas. Sua
filha Fernanda chegou ontem lá.
O médico José Luís Runco, que
levou a mulher e a filha para a final, disse que a presença de familiares serve para descontrair o time e aliviar a saudade. "É muito
tempo longe de casa. O jogador
nessa hora está tenso, nós também. É importante ter o apoio de
quem a gente ama", afirmou ele.
Outro que chegou com o "comboio familiar" foi Anderson Paixão, 23, filho do preparador físico
Paulo Paixão.
De pertinho
Quase todos os familiares chegaram ao aeroporto de Narita, a
40 minutos de Tóquio, em vôo
fretado pela CBF -o mesmo que
levará a delegação brasileira de
volta ao Brasil na segunda-feira.
Alguns jogadores também receberão o apoio "in loco" dos familiares. O atacante Ronaldo levou à
Ásia seu pai, Nélio, sua mulher,
Milene, e o único filho, Ronald, 2.
Ronaldinho foi outro que levou
quase toda a família para a decisão. Estão no Japão sua mãe, Miguelina, a irmã Deise e o irmão
Assis, ex-jogador do Grêmio, que
desembarcou há duas semanas.
Para o atacante gaúcho, de 22
anos, a presença da família o auxilia na hora do jogo. "Sei que eles
estão me vendo, e isso me ajuda."
Também levaram parentes à
Ásia o zagueiro Roque Júnior (seu
pai, Roque, acompanha a seleção
desde Ulsan, na Coréia do Sul) e o
meia-atacante Juninho.
Mas a presença de parentes não
representa apenas alegria para a
família Scolari. Às vésperas da decisão, o atacante Luizão preocupou-se por não ter conseguido
hospedagem para seus pais.
Para evitar que o técnico soubesse do caso e brigasse com o
atleta, um amigo de Scolari interveio e resolveu a questão.
A ""família Scolari", agora com
mais de 60 pessoas, está toda reunida. Esperando apenas a vitória
para, junta, comemorar o quinto
título do Brasil.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG,
PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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