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FUTEBOL
Lusos, holandeses e tchecos sofrem com decisões
Eurocopa põe à prova na semifinal países com estigma de "amarelão"
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Portugal, Holanda, República
Tcheca e Grécia não usam a cor
amarela, mas lutam na semifinal
da Eurocopa contra a síndrome
de cair em momentos decisivos.
Dois dos semifinalistas do torneio que acontece em Portugal
não possuem títulos de expressão.
Exceção feita às categorias de base, Portugal sempre foi coadjuvante nas competições. A Grécia
tem investido mais no futebol,
mas até seus ricos clubes sofrem
para alcançar fases finais.
A Holanda é considerada por
muitos como a "Portuguesa" das
Copas. Monta sistematicamente
bons times, revela grandes talentos, mas abocanha poucos títulos.
A grande façanha do futebol holandês, vice nas Copas de 1974 e
1978, foi ganhar a Euro de 1988.
A República Tcheca tem currículo parecido com o da Holanda.
O país foi duas vezes vice-campeão mundial -em 1934 e em
1962, a então Tchecoslováquia
perdeu na final. A glória solitária
dos tchecos ocorreu em 1976,
quando a equipe venceu a Alemanha nos pênaltis na final da Euro.
Nos últimos anos, portugueses,
holandeses e tchecos têm colhido
seguidos insucessos inesperados.
A geração de Portugal que venceu
dois Mundiais sub-20 custou a alcançar a Copa. Quando conseguiu, deu vexame e saiu na primeira fase do Mundial de 2002.
Na Eurocopa passada, o time chegou à semifinal, mas perdeu no final da prorrogação para a França.
A Holanda viu o Ajax ser campeão do Mundial interclubes, da
Copa dos Campeões e da Copa da
Uefa nos anos 90, mas uma das
melhores "fornadas" de craques
do clube de Amsterdã não triunfou pela "Laranja Mecânica"
-caiu diante do Brasil nas Copas
de 1994 e 98 e perdeu três Eurocopas nos pênaltis, uma em casa.
Os tchecos têm boa seleção há
vários anos, mas custam a vingar.
Chegaram à final da Euro em
1996, mas foram vítimas da "morte súbita" diante da Alemanha. Já
se acostumaram a não ir à Copa.
Se para acabar com o estigma de
"amarelar" os tchecos apostam
no mais forte time que já montaram e os holandeses treinam pênaltis, os portugueses confiam na
estrela de Scolari, atual campeão
mundial e profissional vencedor.
Chamado pelos "fregueses" ingleses de "Big Phil", ele conseguiu
o apoio popular que esperava e
calou os críticos em Portugal. Até
o ídolo Figo perdeu a queda-de-braço com o treinador brasileiro.
A imprensa de alguns países,
em especial a inglesa, rendeu-se
ao "Big Phil" e o põe acima dos
técnicos de suas seleções. O aproveitamento do brasileiro naturalizado Deco na seleção portuguesa
é visto como uma das "cartadas"
de Scolari. Deco acabou o jogo das
quartas-de-final como ala-direito.
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