São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 2006

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Datafolha na Copa

Nervosismo controlado

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

Famosas pelo gênio explosivo, aliado à refinada técnica, as seleções sul-americanas sempre tiveram que controlar seu sangue latino para vencer as frias potências européias. Brasil e Argentina lideram as estatísticas de cartões vermelhos em Copas: nove expulsos cada um.
Na década de 70, Uruguai e Argentina chegaram a sofrer retaliações de clubes europeus que não aceitavam disputar a final do Mundial interclubes por temer a violência dos sul-americanos.
Na Copa-2006, o continente mostra uma outra face. As quatro seleções que chegaram ao torneio são as que cometeram menos faltas, em relação aos outros continentes: 16,3 por jogo. E mais: as equipes sul-americanas lideram no "fair play", com a menor média de cartões amarelos por partida, 2,07, e estão incólumes nos vermelhos.
Além disso, demonstram a famosa habilidade, liderando no aproveitamento de passes (87,1%), no controle da posse de bola (média de 27min33s por jogo), nos dribles (17,7, em média, por partida) e nos gols marcados (1,8).
Brasil e Argentina são os únicos sul-americanos que prosseguem na disputa. Nos confrontos diretos neste ano, a Europa venceu quatro partidas e perdeu três para os sul-americanos, com apenas um empate entre as potências, o 0 a 0 entre Argentina e Holanda, na primeira fase.


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