|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Datafolha na Copa
Nervosismo controlado
FABIO TURA
DO DATAFOLHA
Famosas pelo gênio explosivo, aliado à refinada técnica,
as seleções sul-americanas
sempre tiveram que controlar seu sangue latino para
vencer as frias potências européias. Brasil e Argentina lideram as estatísticas de cartões vermelhos em Copas:
nove expulsos cada um.
Na década de 70, Uruguai e
Argentina chegaram a sofrer
retaliações de clubes europeus que não aceitavam disputar a final do Mundial interclubes por temer a violência dos sul-americanos.
Na Copa-2006, o continente mostra uma outra face. As
quatro seleções que chegaram ao torneio são as que cometeram menos faltas, em relação aos outros continentes:
16,3 por jogo. E mais: as equipes sul-americanas lideram
no "fair play", com a menor
média de cartões amarelos
por partida, 2,07, e estão incólumes nos vermelhos.
Além disso, demonstram a
famosa habilidade, liderando
no aproveitamento de passes
(87,1%), no controle da posse
de bola (média de 27min33s
por jogo), nos dribles (17,7,
em média, por partida) e nos
gols marcados (1,8).
Brasil e Argentina são os
únicos sul-americanos que
prosseguem na disputa. Nos
confrontos diretos neste ano,
a Europa venceu quatro partidas e perdeu três para os
sul-americanos, com apenas
um empate entre as potências, o 0 a 0 entre Argentina e
Holanda, na primeira fase.
Texto Anterior: Racismo: Fifa faz campanha após denúncia Próximo Texto: Juca Kfouri: França, francamente Índice
|