São Paulo, domingo, 29 de junho de 2008

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Santos e Cuca amargam empate e ampliam jejum

Há seis partidas sem vencer, time ainda vê Portuguesa reclamar de gol anulado

Portuguesa 0 Santos 0

RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A vitória, tão esperada pelo técnico Cuca, que ainda não venceu no comando do Santos, e pela torcida, que há seis partidas não vê seu time triunfar, novamente não veio.
O empate contra a Portuguesa, no Canindé, pode ser considerado um bom resultado se levado em conta o primeiro tempo da equipe da Vila, que foi um time apagado, lento e estéreo.
No segundo tempo, no entanto, a sonhada conquista poderia ter vindo não fossem as defesas do goleiro da Lusa, André Luis, que não vê sua meta ser vazada há três partidas.
""O Santos poderia ter ganho. [O time] Não tomou gol, agora tem que trabalhar para não tomar e fazer", afirmou Cuca, que considerou que a equipe jogou bem o segundo tempo e poderia sair vitoriosa do confronto.
Pelo lado da Portuguesa, as reclamações foram com o árbitro Carlos Eugênio Simon, que anulou um gol do time da casa no final do primeiro tempo.
"Se alguém tivesse que ganhar, seríamos nós, que fizemos um gol legítimo. Só quero saber por que não colocaram um árbitro paulista? São Paulo não tem árbitro?", afirmou o treinador da Portuguesa, Vágner Benazzi, na saída do campo.
Com o resultado, o time da Vila Belmiro chega a seis pontos e se mantém na zona do rebaixamento. Na próxima rodada, a equipe, que conquistou apenas dois pontos nas últimas quatro partidas, vai a Curitiba enfrentar o Atlético-PR.
A Portuguesa, que agora tem 12 pontos e ocupa a oitava posição, recebe em casa Vitória.
Precisando vencer para amenizar a crise, o técnico santista optou por apostar nas alas para bater a Portuguesa. O treinador começou a partida com três zagueiros, liberando Apodi e Kléber para atacar. A estratégia não funcionou. O meio-campo santista criou pouco, e as laterais foram pouco exploradas.
No ataque, Lima e Kléber Pereira quase não tocavam na bola. E, na defesa, a lentidão da zaga santista foi favorável à Portuguesa, que chegava bem com Diogo e Edno. A velocidade do ataque do time da casa custou à zaga santista dois cartões amarelos antes de 30 minutos de jogo. Marcelo e Domingos foram para o intervalo pendurados.
Antes do fim da primeira etapa, a Lusa, que dominava o jogo, chegou ao gol, mas o juiz viu impedimento de Washington, que estava em posição legal.
Na saída para o intervalo, a torcida da Portuguesa provocou o volante santista Rodrigo Souto, que foi pego no exame antidoping em jogo da Libertadores e pode ser punido nos próximos dias. "Conversei com o presidente. Isso está nas mãos da parte jurídica. E eles vão marcar uma entrevista coletiva para falar sobre isso", disse o atleta, que afirmou não se abalar com as provocações. "Estou tranqüilo. Ter a consciência limpa é a melhor coisa."
Na volta para o segundo tempo, Cuca tirou Lima e colocou o atacante Thiago Luís.
O jogo ficou aberto, e quem apareceu foram os goleiros. O Santos voltou melhor e, em dez minutos, já chutara três vezes com perigo no gol de André Luís, que espalmou todas elas.
O técnico Cuca lançou seu time ao ataque no final da partida, colocando Molina e Quiñonez, mas a pressão não foi suficiente para vencer André Luis.
A Portuguesa também levou perigo. Perto do final, Diogo ficou cara a cara com Fábio Costa, que, com o pé, provou que o dia no Canindé era dos goleiros.


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