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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Os erros, os acertos e o time
O MAIOR problema da
seleção no primeiro
tempo contra os Estados Unidos não era perder
por 2 x 0. Era concentrar seu
jogo inteiro do lado direito,
com Maicon. A cada cinco
avanços pela direita, uma vez
André Santos entrava pela esquerda, mas em diagonal, sem
buscar a linha de fundo. Não
foi à toa que o escanteio que
resultou no contra-ataque
mortal -e no segundo gol
norte-americano- tenha sido
batido do lado direito.
Há três anos é assim. O Brasil sabe o que faz pela direita,
não tem jogada, nem marcação do lado esquerdo.
Esse grave defeito da seleção não exclui que se faça uma
análise detalhada do que é a
era Dunga e que se entenda
que o trabalho do treinador é
bom, nestes três anos. O que
não pode acontecer é basear a
crítica pelos resultados. Se a
seleção ganha dos Estados
Unidos, ergue o troféu da Copa das Confederações, cuidado para não repetir 2005. Se
perde... Ah, é uma vergonha
perder dos Estados Unidos.
Calma! Nem uma coisa,
nem outra.
O Brasil tem um time bem
montado, candidato a fazer
uma grande Copa do Mundo,
o que significa chegar às semifinais e disputar o título. Não
significa que a equipe seja
perfeita.
A campanha na Copa das
Confederações é idêntica à de
1999, para a qual se chamou a
atenção neste espaço, semana
passada. Aquela foi a única
campanha com quatro vitórias nos quatro primeiros jogos. Daquela vez, a seleção levou 2 x 0 do México, buscou o
empate, mas perdeu no final
por 4 x 3. Coincidências. Desta vez, o placar final é um detalhe.
Mais importante é notar as
qualidades e os defeitos da
equipe. Mais importante é dizer com todas as letras -porque se disse pouco, nos últimos três anos- que Dunga
faz um belíssimo trabalho,
que independe do título. É dizer que Dunga descobriu Felipe Mello, montou a defesa, insistiu com Maicon, escalou
Ramires na direita. Quase
perdeu a decisão da Copa das
Confederações. E daí?
Sim, é preciso evitar contra--ataques, como aquele espetacular puxado por Donovan e
Altidore, que resultou no
segundo gol norte-americano.
É preciso melhorar o lado
esquerdo. Mas o time existe.
E é muito bom.
O VOLANTE DO POVO
Jorginho era o técnico interino ontem e tomou só
uma medida diferente do
que os treinos de Luxemburgo mostravam. Escalou Souza. Este é o volante do povo.
Há tempos as arquibancadas
do Parque Antarctica pedem
o volante, em especial quando o cabeça de área é Mozart.
Ontem Souza foi bem.
O NOME DE TEIXEIRA
Em princípio, não há movimentação na Vila Belmiro
pela troca de técnico. Mas
nos bastidores, a informação
é que, se tivesse que escolher
entre Luxemburgo e Muricy
Ramalho, Marcelo Teixeira
ficaria com Muricy. É mais
um dos que acham que, hoje,
o ex-são-paulino compensa
mais que o ex-palmeirense.
NA BRIGA
Tudo o que o Corinthians precisava era terminar sua
participação na Copa do Brasil a no máximo seis pontos
de distância dos líderes do Campeonato Brasileiro. Foi o
que aconteceu no final de semana. Independentemente do
resultado da decisão contra o Internacional, na próxima
quarta-feira, no Beira-Rio, o Corinthians começará na semana que vem a levar a campo sua equipe titular e vai entrar na luta pelo seu quinto título brasileiro.
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