São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Kaká lidera em cartões e assistências

Meia dá seu terceiro passe para gol na Copa, mas recebe outro amarelo

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

A folgada vitória do Brasil sobre o Chile ontem consolidou a importância de Kaká para o time de Dunga.
Em seu terceiro jogo na Copa do Mundo, o camisa 10 deu seu terceiro passe para gol. A assistência para o gol de Luis Fabiano, o segundo do Brasil no Ellis Park, deixou Kaká como líder nesse fundamento no Mundial.
O meia alemão Thomas Müller tem as mesmas três assistências que o brasileiro, mas atuou mais: 299 minutos em quatro jogos, contra 247 minutos de Kaká, que não enfrentou Portugal, último adversário da fase de grupos, porque estava suspenso.
"Vou buscar esse título [de líder de assistências], quero deixar várias vezes o Luis Fabiano em condição de marcar", disse o meia-atacante.
O que pode impedir o mais badalado jogador da seleção brasileira de alcançar esse objetivo é a sua indisciplina.
Muito mais acostumado ao longo da carreira a apanhar do que a bater, o atleta do Real Madrid virou o mais indisciplinado desta Copa.
Ontem, recebeu novamente um cartão amarelo, logo aos 30min do primeiro tempo, por uma falta desnecessária em um chileno.
"Foi uma falta normal, no meio de campo, não maldosa. Não acho que merecesse o cartão amarelo", declarou Kaká. Ele admitiu que, depois de ter sido advertido, tirou o pé em divididas para evitar uma nova expulsão.
"Prejudicou minha maneira de jogar e me limitou muito", afirmou o camisa 10. "O fato de estar pendurado agora só me faz pensar mais antes de fazer qualquer falta."

EM BRANCO
Na única partida em que Dunga não pôde escalar o principal armador do time, a seleção brasileira ficou em um 0 a 0 contra Portugal.
É o único jogador ainda na Copa que acumula uma expulsão e mais um cartão amarelo. Só o zagueiro Lukovic, da já eliminada Sérvia, havia conseguido o "feito".
Das 14 faltas cometidas pelo Brasil ontem, três foram de Kaká -que soma cinco na Copa, e oito sofridas.
Apesar de chateado com o novo cartão amarelo, que pode tirá-lo da semifinal se for advertido outra vez ante a Holanda, Kaká se disse satisfeito "individual e coletivamente" com a partida.
Ele passou boa parte do duelo contra os chilenos atuando pelos lados do campo, sobretudo pela esquerda, numa inversão com Robinho. "Sempre tinha um cara pelo meio, e a solução foi abrir mais o jogo", explicou. "Encontramos os espaços e soubemos aproveitar."
Dunga declarou que a mudança de posicionamento foi discutida com o jogador. "Estava difícil [ele] jogar por dentro", afirmou o técnico.
"Isso [a mudança] confundiu a marcação deles [chilenos]", completou. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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