São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Fabricadas nos EUA

Todas as semifinalistas de Wimbledon são da Europa, mas três delas, incluindo Sharapova, foram criadas para o esporte em academias americanas

Anja Niedringhaus/Associated Press
Sharapova deixa a quadra após vencer Dominika Cibulkova em Wimbledon

DE SÃO PAULO

Se o lugar de nascimento é o que vale, a chave feminina de Wimbledon-11 é a consagração do tênis europeu e a decadência do americano.
Mas, se o parâmetro considerado for onde as semifinalistas aprenderam a jogar, o veredicto é o contrário.
São quatro europeias nas semifinais do Grand Slam inglês: uma russa (Maria Sharapova), uma alemã (Sabine Lisicki), uma bielorrussa (Victoria Azarenka) e uma tcheca (Petra Kvitova).
Só que as três primeiras aprenderam os macetes da modalidade longe de seus frios países. Todas optaram por ensolaradas cidades dos Estados Unidos.
Sharapova, 24, foi para a Flórida com sete anos. Optou pela famosa academia de Nick Bollettieri, na cidade de Bradenton. Bollettieri foi o mentor de ícones como Andre Agassi e Pete Sampras.
Lisicki, 21, tomou o mesmo rumo. Está desde o final da adolescência em Bradenton, treinando com Bollettieri.
Azarenka, 21, também foi lapidada nos Estados Unidos, mas bem longe da Flórida. Ela foi levada aos 15 anos para o Arizona, onde começou a treinar em outra academia famosa no tênis.
Seu padrinho para a aventura foi um conterrâneo famoso que jogava hóquei sobre o gelo na liga americana.
Em seu site pessoal, ela afirmou que, além da qualidade de treinamento, escolheu os Estados Unidos por causa do clima ensolarado.
Boa para lançar tenistas europeias, a estrutura americana no tênis não tem atualmente os mesmos resultados com as jogadoras locais.
No atual ranking da WTA, a associação profissional da modalidade no feminino, nenhuma jogadora dos Estados Unidos aparece entre as 20 melhores do mundo.
Em Wimbledon, a esperança de dias melhores com a volta das irmãs Williams aos grandes torneios depois de contusões não deu em nada.
Ambas foram eliminadas ainda nas oitavas de final.
Mais velha das semifinalistas, Sharapova faz até agora uma campanha arrasadora na grama inglesa.
Nos cinco jogos que disputou não perdeu sets. Ontem, pelas quartas de final, massacrou a eslovaca Dominika Cibulkova, 27 centímetros mais baixa do que ela (1,88 m a 1,61 m), por duplo 6/1.
"O torneio ainda não terminou. Ainda me restam algumas garotas", disse a russa, evitando o favoritismo.

NA TV
Torneio de Wimbledon
9h Sportv 2




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