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FUTEBOL
Presidente e equipe de Parreira ficarão poucas horas no país no dia 18, e maioria dos ingressos irá para estudantes
Lula vai ao Haiti, mas para ver o Brasil A
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo bateu o martelo em
relação à viagem do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao Haiti
para assistir ao jogo do Brasil contra a seleção local, no próximo dia
18. Lula vai a Porto Príncipe, mas
ficará poucas horas no país, assim
como a equipe brasileira.
Foi decidido ainda que a maior
parte dos ingressos para a partida
será distribuída para estudantes e
seus pais ou responsáveis.
Havia a idéia de que os haitianos
trocassem armas por entradas,
mas o plano foi descartado.
O amistoso tem sido tema de seguidas reuniões entre CBF e o governo. Integrantes da confederação disseram a ministros que recusaram US$ 800 mil por um
amistoso em agosto contra a Itália, em Nova York, justamente
por causa do jogo no Haiti.
O Brasil lidera uma missão de
paz da ONU (Organização das
Nações Unidas) no Haiti -país
em crise desde o início do ano,
quando rebeldes avançaram contra a capital do país e provocaram
a renúncia do então presidente
Jean-Bertrand Aristide.
Dois dias antes da partida, o
presidente Lula participará, na
República Dominicana (nação vizinha ao Haiti), da posse do novo
presidente do país.
No dia da partida, Lula chegará
a Porto Príncipe pela manhã, almoçará com autoridades locais,
assistirá ao amistoso previamente
marcado para as 15h (horário local)- e embarcará em seguida de
volta a Brasília.
A seleção também ficará apenas
durante o dia no país. O elenco
sairá de Miami pela manhã e retornará aos EUA no final da tarde.
O estádio de Porto Príncipe tem
capacidade para 15 mil pessoas,
mas somente 13 mil ingressos serão confeccionados para o amistoso. Deles, 5.000 serão distribuídos a estudantes locais. Outros
5.000 serão entregues a seus respectivos pais e/ou responsáveis.
Todos os alunos terão de comparecer uniformizados ao estádio,
para provocar um efeito visual
nas arquibancadas. O restante dos
bilhetes (3.000 ingressos) da partida vai ser entregue para convidados do governo haitiano.
O governo federal não trata como exigência, mas faz questão de
enfatizar à CBF a importância de
o técnico Carlos Alberto Parreira
convocar os principais jogadores
da seleção para o amistoso. Eventuais ausências das estrelas, como
o atacante Ronaldo, os laterais
Roberto Carlos e Cafu e o meia-atacante Ronaldinho, poderiam
colocar em risco o desejado clima
de harmonia entre a missão do
Brasil e a população haitiana.
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