São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Presidente e equipe de Parreira ficarão poucas horas no país no dia 18, e maioria dos ingressos irá para estudantes

Lula vai ao Haiti, mas para ver o Brasil A

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo bateu o martelo em relação à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Haiti para assistir ao jogo do Brasil contra a seleção local, no próximo dia 18. Lula vai a Porto Príncipe, mas ficará poucas horas no país, assim como a equipe brasileira.
Foi decidido ainda que a maior parte dos ingressos para a partida será distribuída para estudantes e seus pais ou responsáveis.
Havia a idéia de que os haitianos trocassem armas por entradas, mas o plano foi descartado.
O amistoso tem sido tema de seguidas reuniões entre CBF e o governo. Integrantes da confederação disseram a ministros que recusaram US$ 800 mil por um amistoso em agosto contra a Itália, em Nova York, justamente por causa do jogo no Haiti.
O Brasil lidera uma missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti -país em crise desde o início do ano, quando rebeldes avançaram contra a capital do país e provocaram a renúncia do então presidente Jean-Bertrand Aristide.
Dois dias antes da partida, o presidente Lula participará, na República Dominicana (nação vizinha ao Haiti), da posse do novo presidente do país.
No dia da partida, Lula chegará a Porto Príncipe pela manhã, almoçará com autoridades locais, assistirá ao amistoso previamente marcado para as 15h (horário local)- e embarcará em seguida de volta a Brasília.
A seleção também ficará apenas durante o dia no país. O elenco sairá de Miami pela manhã e retornará aos EUA no final da tarde.
O estádio de Porto Príncipe tem capacidade para 15 mil pessoas, mas somente 13 mil ingressos serão confeccionados para o amistoso. Deles, 5.000 serão distribuídos a estudantes locais. Outros 5.000 serão entregues a seus respectivos pais e/ou responsáveis.
Todos os alunos terão de comparecer uniformizados ao estádio, para provocar um efeito visual nas arquibancadas. O restante dos bilhetes (3.000 ingressos) da partida vai ser entregue para convidados do governo haitiano.
O governo federal não trata como exigência, mas faz questão de enfatizar à CBF a importância de o técnico Carlos Alberto Parreira convocar os principais jogadores da seleção para o amistoso. Eventuais ausências das estrelas, como o atacante Ronaldo, os laterais Roberto Carlos e Cafu e o meia-atacante Ronaldinho, poderiam colocar em risco o desejado clima de harmonia entre a missão do Brasil e a população haitiana.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Sem força ofensiva, Palmeiras tomba em Campinas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.