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ORGANIZAÇÃO
Rio está longe de Olimpíad a, diz Odepa
Para presidente Mario Vázquez Raña, a cidade ainda tem muito por fazer
Dirigente aponta problemas no softbol e no beisebol e a dificuldade com o clima para explicar que apenas Pan não basta para abrigar Jogos
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
O Rio organizou o Pan como
vitrine para a candidatura
olímpica de 2016. Para chegar à
meta, a cidade se propôs a realizar a melhor edição da história
da competição das Américas.
Mas, até agora, não ouviu essa avaliação do todo-poderoso
da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana).
O mexicano Mario Vázquez
Raña, presidente da entidade
que comanda os esportes nas
Américas, evitou citar "o melhor Pan" em entrevista coletiva ontem à tarde. Ele ainda disse que "o Pan não é passe para
sediar os Jogos Olímpicos".
Pouco antes, o ministro do
Esporte, Orlando Silva Jr., elogiou a competição. "Eu ouvi de
muitos dirigentes estrangeiros
que o Rio está pronto para tentar e receber a Olimpíada."
Mesmo sentado ao lado do
presidente do Co-Rio (comitê
organizador do Pan-2007),
Carlos Arthur Nuzman, o dirigente mexicano desconversou
quando lhe perguntaram se o
Rio abriga o melhor Pan.
"Sempre foi uma obsessão do
Rio e de todos os 42 comitês
olímpicos nacionais [das Américas] que estes fossem os melhores Jogos. O Rio começou a
trilhar este caminho, mas ainda
faltam 24 horas para o final e
amanhã [hoje] farei um balanço muito realista", afirmou.
O presidente da Odepa disse
que houve falhas como as ocorridas nas instalações de beisebol e softbol, na Cidade do
Rock. Provisórias, elas sofreram com vendaval (parte da estrutura desabou) e chuva (enlameado, o local não pôde receber uma semifinal e a final do
softbol previstas para ontem).
Sem a final, cancelada pela
organização, o ouro do softbol
foi para os EUA.
"O que houve com o beisebol
e o softbol foi uma falha difícil
de explicar. Poderia até fazer
uma brincadeira: no Rio, nunca
chove, então o problema deve
ser este: choveu. Mas espero
que isso [as falhas] sirva de
aprendizado no futuro. Muita
coisa aqui deve ser repetida,
mas há outras que não devem."
Vázquez Raña ainda disse
que "o caminho para a candidatura olímpica é longo". "Não
vou comentar o que os brasileiros gastaram com o Pan [R$ 3,7
bilhões, quase 800% a mais que
o previsto em 2002]. Fizeram
para mostrar ao mundo que são
capazes de organizar a Olimpíada. Mas, para conseguir êxito, não basta o Pan."
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