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Dispositivos de segurança salvam piloto
CLÁUDIO FURUKAWA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Considerando uma série
de fatores, como a velocidade da Ferrari de Felipe
Massa e a profundidade
aproximada do buraco no
capacete, é possível estimar a desaceleração da
mola que o atingiu e a força média do impacto na
ordem de 52 mil Newtons.
Um peso equivalente a
5,2 toneladas. Mas fica difícil fazer comparações
com bolas de boliche ou
projéteis de armas de fogo,
pois massas e áreas de
impacto são bem diferentes. O que importa nessas
colisões é a chamada força
de impacto.
Todos os dispositivos de
segurança tem por finalidade diminuir ao máximo
essa força, e isso é feito aumentando-se o tempo no
qual ocorre a brusca mudança de velocidade.
Por exemplo, se um copo de vidro cair sobre um
piso de cimento, é muito
provável que se quebre.
Porém, se o mesmo copo
cair da mesma altura sobre um carpete, pode ser
que não quebre, justamente porque o tempo de impacto é maior, pois o piso
macio amortece a queda.
Se o tempo de impacto é
maior, a força, é menor.
Por essa mesma lógica,
os automóveis são projetados para amassar na hora
da colisão: quanto maior a
duração do impacto, menor a desaceleração. O airbag é outro dispositivo
usado para aumentar esse
tempo de impacto.
No acidente de Massa,
certamente ele foi salvo
por causa dos dispositivos
de segurança, que diminuíram a força do impacto,
tanto da mola contra o capacete quanto do carro
contra o muro de pneus.
Imagine se o capacete
não afundasse e não tivesse um material macio por
dentro? Ou se ele batesse
num muro de concreto no
lugar do de pneus.
Cláudio Furukawa,
49, é físico do Instituto de Física da USP
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