São Paulo, quarta-feira, 29 de julho de 2009

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Muricy adota fórmula são-paulina na estreia

Como fazia no ex-time, técnico transforma os volantes em pilares no Palmeiras

Contra o Fluminense, em casa, treinador arma equipe com Edmilson, Pierre e Souza, que jogará à frente, como Hernanes no rival

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O volante Pierre, que deve ser um dos pilares do Palmeiras sob o comando de Muricy, treina para a partida contra o Fluminense

DA REPORTAGEM LOCAL

Na estreia de Muricy Ramalho, hoje, às 21h50, contra o Fluminense, o Palmeiras terá uma pitada do São Paulo.
Isso porque o técnico já começa a adaptar uma equipe pronta deixada pelos antecessores, Vanderlei Luxemburgo e Jorginho, à tática que o levou ao tricampeonato nacional.
No clube do Morumbi, o comandante fez dos volantes os pilares das equipes vitoriosas em 2006, 2007 e 2008.
No Parque Antarctica, palco do debute de Muricy nesta noite, a lógica parece ser a mesma. No clássico contra o Corinthians, disputado no domingo, o lance que originou o primeiro dos três gols chamou a atenção.
A movimentação pouco comum de Pierre pelo lado direito do ataque acabou em um cruzamento preciso para Obina fazer o gol de cabeça.
Apesar de no banco estar o ainda treinador interino Jorginho, a escalação já havia sido aprovada por Muricy.
A ordem: liberar os volantes para desafogar a partida do congestionado meio do campo.
"De vez em quando você tem que soltar os volantes para fazer as ultrapassagens. Vai acontecer aqui também", disse ontem Muricy, questionado se pretendia importar o modelo adotado com sucesso no São Paulo no Palmeiras.
Lá, a fórmula passou a funcionar em 2005, antes mesmo de seu retorno ao Morumbi, quando Mineiro e Josué formaram a parceria do título mundial no Japão -foi de Mineiro o gol do título na decisão do torneio contra o Liverpool.
No ano seguinte, Muricy manteve a dupla e arrancou para o título brasileiro. Depois, os jogadores foram para a Europa.
Por causa disso, em 2007 o treinador precisou recorrer a outros nomes. Hernanes e Richarlyson se entrosaram tão bem quanto, e carregaram a equipe para o bicampeonato.
Na última taça, erguida no ano passado, Richarlyson caiu de rendimento após ir para a seleção. Em seu lugar Muricy escalou o jovem Jean, titular até hoje no elenco são-paulino.
Em comum, todas essas formações tinham como característica principal a forte marcação aliada à movimentação constante dos homens responsáveis pelos desarmes.
No Palmeiras, Pierre e Edmilson já vinham desempenhando papéis semelhantes, principalmente o campeão mundial de 2002, contratado a pedido de Luxemburgo.
Mas é outro volante, Souza, também cria do comandante antecessor, a bola da vez de Muricy Ramalho.
No treino tático realizado ontem, o jovem de 21 anos atuou praticamente como um meia. Desempenhou mais ou menos o mesmo papel que Hernanes faz no São Paulo.
"Você pode soltá-lo mais porque ele bate forte de fora da área. E ele se movimenta muito, é dinâmico", disse o técnico.
Ele não poupou elogios a um dos xodós da torcida, que é conhecido como "Sarará", apelido dado por Luxemburgo.
"Tem de dar atenção ao Souza. Ele é muito bom, mas ainda tem muita coisa para evoluir. Dá prazer melhorar um atleta como ele", falou o estreante Muricy. (RENAN CACIOLI)


NA TV - Palmeiras x Fluminense
Band e Globo (ambas para RJ), ao vivo, às 21h50




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