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Muricy adota fórmula são-paulina na estreia
Como fazia no ex-time, técnico transforma os volantes em pilares no Palmeiras
Contra o Fluminense, em casa, treinador arma equipe com Edmilson, Pierre e Souza, que jogará à frente, como Hernanes no rival
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O volante Pierre, que deve ser um dos pilares do Palmeiras sob o comando de Muricy, treina para a partida contra o Fluminense
DA REPORTAGEM LOCAL
Na estreia de Muricy Ramalho, hoje, às 21h50, contra o
Fluminense, o Palmeiras terá
uma pitada do São Paulo.
Isso porque o técnico já começa a adaptar uma equipe
pronta deixada pelos antecessores, Vanderlei Luxemburgo e
Jorginho, à tática que o levou
ao tricampeonato nacional.
No clube do Morumbi, o comandante fez dos volantes os
pilares das equipes vitoriosas
em 2006, 2007 e 2008.
No Parque Antarctica, palco
do debute de Muricy nesta noite, a lógica parece ser a mesma.
No clássico contra o Corinthians, disputado no domingo,
o lance que originou o primeiro
dos três gols chamou a atenção.
A movimentação pouco comum de Pierre pelo lado direito do ataque acabou em um
cruzamento preciso para Obina
fazer o gol de cabeça.
Apesar de no banco estar o
ainda treinador interino Jorginho, a escalação já havia sido
aprovada por Muricy.
A ordem: liberar os volantes
para desafogar a partida do
congestionado meio do campo.
"De vez em quando você tem
que soltar os volantes para fazer as ultrapassagens. Vai acontecer aqui também", disse ontem Muricy, questionado se
pretendia importar o modelo
adotado com sucesso no São
Paulo no Palmeiras.
Lá, a fórmula passou a funcionar em 2005, antes mesmo
de seu retorno ao Morumbi,
quando Mineiro e Josué formaram a parceria do título mundial no Japão -foi de Mineiro o
gol do título na decisão do torneio contra o Liverpool.
No ano seguinte, Muricy
manteve a dupla e arrancou para o título brasileiro. Depois, os
jogadores foram para a Europa.
Por causa disso, em 2007 o
treinador precisou recorrer a
outros nomes. Hernanes e Richarlyson se entrosaram tão
bem quanto, e carregaram a
equipe para o bicampeonato.
Na última taça, erguida no
ano passado, Richarlyson caiu
de rendimento após ir para a
seleção. Em seu lugar Muricy
escalou o jovem Jean, titular
até hoje no elenco são-paulino.
Em comum, todas essas formações tinham como característica principal a forte marcação aliada à movimentação
constante dos homens responsáveis pelos desarmes.
No Palmeiras, Pierre e Edmilson já vinham desempenhando papéis semelhantes,
principalmente o campeão
mundial de 2002, contratado a
pedido de Luxemburgo.
Mas é outro volante, Souza,
também cria do comandante
antecessor, a bola da vez de
Muricy Ramalho.
No treino tático realizado
ontem, o jovem de 21 anos
atuou praticamente como um
meia. Desempenhou mais ou
menos o mesmo papel que Hernanes faz no São Paulo.
"Você pode soltá-lo mais porque ele bate forte de fora da
área. E ele se movimenta muito, é dinâmico", disse o técnico.
Ele não poupou elogios a um
dos xodós da torcida, que é conhecido como "Sarará", apelido
dado por Luxemburgo.
"Tem de dar atenção ao Souza. Ele é muito bom, mas ainda
tem muita coisa para evoluir.
Dá prazer melhorar um atleta
como ele", falou o estreante
Muricy.
(RENAN CACIOLI)
NA TV - Palmeiras x Fluminense
Band e Globo (ambas para RJ), ao
vivo, às 21h50
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