São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Tranquilo, Massa volta a Budapeste

Piloto reencontra pista onde sofreu acidente que o deixou em coma

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BUDAPESTE

Às vésperas dos primeiros treinos livres para o GP da Hungria, Felipe Massa se depara hoje com duas situações incômodas. A primeira, de um ano atrás, o grave acidente que sofreu em Budapeste.
A segunda, do último domingo, quando abriu passagem para Fernando Alonso e deu a vitória na Alemanha a seu companheiro de Ferrari.
Sobre esta, Massa só irá falar a partir das 15h na Hungria (10h em Brasília), quando participa de entrevista coletiva promovida pela FIA.
Domingo, após subir com cara de poucos amigos no pódio, ele se limitou a dizer que havia tomado uma atitude profissional e que a decisão de ceder passagem havia sido exclusivamente sua.
Anteontem, no blog que possui no site da Ferrari, evitou falar sobre a marmelada.
Do acidente, o piloto falou com a imprensa brasileira em um almoço promovido pela Ferrari em Hockenheim, antes de se envolver na maior polêmica de sua carreira.
Calmo, Massa disse não sentir nada ruim por voltar a Budapeste. Pelo contrário.
"Sem dúvida é um lugar especial, que faz parte da minha vida, da minha história, não só da minha carreira. É interessante voltar ao lugar onde sofri o acidente e passei vários dias no hospital", disse ele, que desta vez terá a companhia dos pais, Ana Elena e Luiz Antônio.
"Sempre gostei desse circuito, mas sempre faltou alguma coisa que eu nunca soube o que era", falou ele.
Em 2007, teve problemas na classificação -não colocaram gasolina em seu carro- e, em 2008, viu seu motor estourar a três voltas do final, quando liderava a prova.
O piloto disse que pretende visitar o Hospital Militar, onde passou nove dias internado, depois de ser acertado na cabeça por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello no treino oficial.
Na hora do choque, Massa desmaiou. Foi retirado do carro e levado ao centro médico do circuito, de onde foi transferido de helicóptero ao hospital. Lá, foi operado e ficou alguns dias em coma.
"Depois do acidente, passei a dar mais valor às coisas, mudou minha felicidade da vida", falou o piloto, que guardou o capacete quebrado e ensanguentado na sala de sua casa em São Paulo.


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