DA REPORTAGEM LOCAL

Bastou a primeira derrota sob o comando de Emerson Leão para que os jogadores do Palmeiras voltassem a temer o fantasma da irregularidade no Brasileiro.
Logo após o tropeço diante do Brasiliense por 3 a 2, anteontem, atletas do clube já falavam em evitar a queda da auto-estima -problema que acompanhava o elenco desde o início da temporada e que fez o time dispensar três técnicos antes de contratar Leão.
"A gente não pode ir para casa se achando derrotado e que não tem chance no Brasileiro", alertou o meia Pedrinho. "Não foi o dia do Palmeiras, mas isso não quer dizer que ninguém presta. A gente vai tomar uma grande bronca do Leão, e vamos nos recuperar."
Para o zagueiro Daniel, uma derrota para o Brasiliense -equipe mais preocupada em não cair do que em disputar as primeiras posições na tabela- não é um absurdo. "Neste campeonato não tem surpresa", declarou.
Já nos vestiários, Leão atuou para evitar que seus atletas percam a auto-estima conquistada com a seqüência de dez jogos de invencibilidade. "Não foi um dia em que houve compreensão [das instruções]. Perder pode. O que não pode é acostumar", disse ele, que neste ano só conheceu três reveses à frente de um time brasileiro.
Além da derrota com o Palmeiras diante do Brasiliense, o técnico saiu derrotado de campo outras duas vezes, ambas quando ainda treinava o São Paulo, no Paulista e por 2 a 1: seus algozes foram Portuguesa e Ponte Preta.
Para se reabilitar, o Palmeiras terá nove dias de treinos. O time se reapresenta amanhã e só volta a jogar no dia 8, contra o Coritiba, em casa. A parada no Nacional, devido às eliminatórias da Copa -o Brasil pega o Chile no dia 4- não agrada a Leão. "Prefiro continuar jogando. Não tem ninguém da seleção jogando no Brasil."

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