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Santos sofre, mas vence lanterna
No 1º jogo sem Ganso, time testa nova formação, vê Neymar perder pênalti e sobe no Nacional
Santos 2
Zé Love, aos 30min, e Alan Patrick,
aos 36min do 2º tempo
Goiás 0
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
Como anunciado por seu
treinador, o Santos buscou o
novo e o diferente ao ter que
juntar os cacos após a baixa
de Paulo Henrique Ganso.
Mas sofreu e precisou de
mudanças na segunda etapa
para conseguir a vitória por 2
a 0 sobre o lanterna Goiás,
ontem, no Pacaembu.
A sofrida vitória manteve o
time no G4, com 27 pontos,
agora subindo da quarta para a terceira colocação, aproveitando o tropeço do Botafogo contra o Internacional.
Antes de perder seu camisa 10 por seis meses por uma
lesão no joelho, o time já havia se desfeito de Wesley, Robinho e André, que foram para o futebol europeu.
Dos 51 jogos na temporada, em apenas dois nenhum
dos quatro atuaram, quando
Dorival optou pelos reservas
para evitar desgaste.
Sem a espinha dorsal do time do primeiro semestre, o
treinador quebrou a cabeça
para a prometida nova forma
de atuar. Alan Patrick e Zezinho, substitutos naturais pelo estilo de jogo, mas pouco
utilizados na temporada, começaram no banco.
A nova era da equipe, sem
seu principal articulador, começou no 4-3-3, com Zé Love
e Keirrison ao lado de Neymar na frente. Marquinhos,
com a 10 que até então era de
Ganso, ficou solitário para
organizar as jogadas.
No começo do jogo, a nova
formação parecia ser um sucesso. As jogadas pelas laterais fluíam, e parecia questão
de tempo para Keirrison e Zé
Love conseguirem aproveitar
os cruzamentos. Mas durou
pouco o ímpeto.
O Goiás foi marcando os
flancos, e Marquinhos, isolado, tinha dificuldade para
conduzir o meio e municiar o
ataque. A torcida já começava a se irritar. O Goiás assustava nos contra-ataques. As
chances santistas eram quase todas em bolas altas.
Na segunda etapa, Neymar passou a chamar mais a
responsabilidade e forçar jogadas individuais. Nas duas
primeiras delas, o ataque por
pouco não aproveitou cruzamentos perigosos.
Aos 16min, Dorival pareceu convencido da ineficiência do esquema com dois homens centralizados, sacou
Keirrison e colocou Madson.
Mais rápido, o time teve
pênalti a seu favor, aos
25min, após Zé Love ser derrubado na área. Neymar bateu mal, e Harlei defendeu.
Mas a resposta foi rápida.
Apenas cinco minutos depois, Madson cruzou para Zé
Love, que deu belo voleio para marcar e aliviar a tensão
no Pacaembu. O meia Alan
Patrick, que entrou na segunda etapa, fechou o placar aos
36min, com chute de fora.
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