São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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FUTEBOL

Ataque atende apelo de técnico e produz maior goleada do clube em Brasileiros e placar mais dilatado desta edição

São Paulo bate 2 recordes na mesma noite

Fernando Santos/Folha Imagem
O lateral Cicinho, autor de dois gols na goleada de ontem do São Paulo, festeja com o time


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ataque do São Paulo desencantou e, ao menos ontem à noite, fez a torcida esquecer o artilheiro Luis Fabiano, vendido ao Porto. Com atuação de gala de seu atacante mais criticado, Grafite, conseguiu a maior goleada do Brasileiro-04 e seu placar mais elástico na história do torneio, ao bater o Paysandu por 7 a 0, no Morumbi.
Até então, o maior placar do time fora um 7 a 1 sobre o União São na edição de 1997.
Os homens de frente, que até ontem haviam anotado só 19% dos gols do time na temporada, tiveram papel decisivo na vitória, que deixou o clube em quarto (53 pontos), pelo menos até hoje.
Jogador mais indisciplinado do Brasileiro, com 12 cartões, Grafite ontem só jogou futebol. Além de ter feito dois gols, participou de outros três. Jean também conseguiu um. Nildo, que atuou como atacante, também deixou o seu.
Cicinho fez dois e se isolou na artilharia do time no torneio, com sete gols. Souza completou a goleada sobre o rival, que estava invicto no segundo turno.
O técnico Leão, que antes da partida pediu para seus jogadores chutarem a gol, foi atendido. Ontem, o São Paulo chutou 17 vezes, acertou o gol em 11, seu melhor desempenho no torneio.
Grafite arriscou quatro vezes, errou só uma, que acertou o travessão. "As coisas nem sempre dão certo. Mas essa partida foi um marco para mim e para o São Paulo", disse o atacante.
Ontem, Leão deu mostras de que não estava satisfeito com o desempenho de seus homens de frente ao escalar o meia-atacante Nildo ao lado de Grafite.
No meio-campo, o volante Renan, que substituiu Alê, suspenso, também ganhou liberdade para atacar. O zagueiro Rodrigo idem. Os dois, com o apoio dos alas Cicinho e Júnior, além de Danilo, formavam o bloco ofensivo.
A proposta tática mais arrojada do treinador deixou a equipe um pouco mais vulnerável no setor defensivo. No início do jogo, Rogério passou apuros.
Aos poucos, porém, o São Paulo tomou o comando. E, como queria Leão, chutava mais ao gol.
A princípio, a pontaria estava descalibrada, mas logo os são-paulinos acertaram o pé.
Primeiro, com Cicinho, que aproveitou boa troca de passes entre Danilo e Nildo, e, da entrada da área, chutou no canto direito para fazer 1 a 0, aos 31min. O segundo gol veio aos 35min. Danilo desarmou Sandro e tocou para Grafite, que serviu para Nildo, com o gol livre, fazer 2 a 0.
No segundo tempo, o São Paulo continuou no mesmo ritmo. E Grafite relembrou os tempos de Luis Fabiano. Em grande jogada, ele deu drible desconcertante em Dênis e encobriu o goleiro Paulo Musse com um toque sutil para ampliar, aos 9min.
Empolgado, o São Paulo continuou jogando em velocidade. Aos 15min, Grafite foi lançado na esquerda e cruzou para Cicinho na área. Ele dominou e chutou cruzado para fazer o quarto.
No quinto gol, aos 29min, o atacante chutou cruzado e Fabão tocou de cabeça, mas o árbitro deu o gol para Grafite. Souza fez o sexto dois minutos depois após driblar um rival. Jean fechou a goleada ao aproveitar rebote de Paulo Musse em chute de Grafite.


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