São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2008

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JUCA KFOURI

Quem tira o São Paulo do páreo?


Sim, o Palmeiras é o novo líder. Mas dizer que o hexacampeonato tricolor é impossível é uma temeridade

QUATRO PONTOS separam os líderes Palmeiras e Grêmio de São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e Botafogo.
Dizer que a disputa se limitará aos dois ponteiros, ao faltarem 11 rodadas, 33 pontos para cada time, é prova de mais do que de coragem, mas de temeridade.
Porque parte do que se especulou aqui, na quinta-feira passada, aconteceu sem tirar nem pôr.
A começar pelo mais necessário para que o colunista não se desmoralizasse logo de cara: o São Paulo passou pelo Cruzeiro no Morumbi.
E passou com autoridade, embora, ainda, sem jogar tudo o que pode. Mas, exceção feita a alguns poucos minutos do segundo tempo, o São Paulo foi sempre superior ao Cruzeiro e justificou sem discussões os 2 a 0 que conseguiu.
Se a vitória foi conquistada não com seus atacantes, mas com os zagueiros André Dias e Jancarlos, um de cabeça em bola cruzada de Jorge Wagner, outro em cobrança de falta e ambos com falhas do goleiro Fábio, os gols valem igual.
Também o jogo dos Aflitos ficou dentro do previsto, se não com uma vitória do Náutico, ao menos com o empate sem gols, que impediu que o Palmeiras abrisse frente maior sobre o São Paulo.
Resultado longe de ter sido ruim para o time alviverde, que realizou uma partida corajosa, segura, que quase conseguiu vencer, e tudo fez para tal, embora tenha corrido seus riscos e por duas vezes quase tenha visto a casa cair.
Mas também o Palmeiras, agora líder do Campeonato Brasileiro com uma vitória a mais que o Grêmio, está longe de ser um time de sonhos, razão pela qual, se pode ser apontado como atual maior favorito ao pentacampeonato, nem por isso deve ser apontado como um favorito tão destacado.
O que parece clara é a queda do Grêmio na reta final, para confirmar o rótulo que Celso Roth traz na testa, justa ou injustamente. Que show, por sinal, o Inter deu no Grêmio, numa goleada empolgante.
Como parece evidente que nem Cruzeiro nem Botafogo têm fôlego suficiente para lutar pela taça, a disputa, então, fica mesmo restrita ao Palmeiras, ao São Paulo e ao Flamengo, sem que se possa simplesmente alijar o Grêmio.
O rubro-negro, aliás, menos pelo time que tem, mais pelo poder de sua torcida e pelo fator Maracanã, palco de 6 de seus 11 jogos restantes. Prova disso foi a dramática virada, no fim do jogo de sábado, diante do Sport - e de mais de 40 mil alucinados torcedores.

Rio-2016
Diante do relatório, ainda parcial, do Tribunal de Contas da União que dá conta do descalabro cometido com o dinheiro público no Pan-07, ganha força um saudável movimento no Rio de Janeiro.
Um grupo de pesos-pesados do empresariado nacional quer tirar das mãos do Comitê Olímpico Brasileiro a responsabilidade de comandar o processo com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016.
Carlos Nuzman negaceia, faz cara feia, mas, aos poucos, é emparedado. Resta saber como reagirá o governo federal, vítima, e cúmplice, do verdadeiro escândalo em torno do Pan.

blogdojuca@uol.com.br


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