São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

No 700º jogo de Rogério, São Paulo abre 7 pontos

Goleiro quase não trabalha na 1ª vitória paulista no Orlando Scarpelli em 2006

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Estava certo na véspera o goleiro Rogério ao não se empolgar demais com a marca histórica que conseguiu ontem, contra o Figueirense, em Florianópolis. Praticamente assistiu à vitória tranqüila do São Paulo.
Foram só duas defesas contadas pelo Datafolha ao longo da partida no Orlando Scarpelli, onde nenhum time paulista havia vencido neste Brasileiro.
Curiosamente, Rogério completou seu 700º jogo com a camisa são-paulina sem o número 1. A pedido do árbitro Djalma Beltrami, o capitão são-paulino foi obrigado a trocar sua camisa amarela -cor que o juiz também usava- com a número 22 de Bosco, de cor cinza.
Jogador que mais atuou com a camisa do Morumbi na história, Rogério passou quase despercebido no jogo, notado apenas ao trocar de camisa e quando saiu para dividir bola na frente da área com Schwenck, aos 22min do segundo tempo.
O atacante ganhou o lance -mas a bola saiu para fora, pertinho da trave, assustando os torcedores são-paulinos.
Defesa importante mesmo só no segundo tempo, espalmando para escanteio um chute do atacante Soares.
Com a vitória, o São Paulo voltou a abrir vantagem de sete pontos em relação ao vice-líder Internacional. Na próxima rodada, nesta quinta, o time enfrenta a Ponte Preta, no Morumbi, no feriado de Finados.
O time começou pressionado, com Júnior salvando chute de Schwenck em cima da linha. O contra-ataque era o principal recurso do time catarinense, que perdeu seu técnico Waldemar Lemos na metade do primeiro tempo, por reclamação.
Mas não demorou muito para que o líder estabelecesse seu favoritismo no placar, a despeito do bom aproveitamento do Figueirense nas pequenas dimensões do Orlando Scarpelli. Foi a terceira derrota dos caterinenses em 16 jogos em casa.
Aos 22min, Souza cobrou escanteio na primeira trave, onde Aloísio se antecipou para cabecear. O goleiro Andrey ainda tocou na bola, que passou por suas mãos antes de entrar.
"A gente sempre treina isso no dia-a-dia, graças a Deus tive a oportunidade de fazer esse gol", disse, no intervalo.
Também foi infeliz o goleiro do Figueirense no fim da primeira etapa. Num chute de Souza, a bola desviou na zaga e parou nos pés do lateral Ilsinho, que chutou forte. A bola passou por baixo de Andrey.
Satisfeito com a vantagem de 2 a 0, Muricy Ramalho optou por sacar Mineiro, contundido, e colocar mais um zagueiro, André Dias, formando um trio na defesa tricolor. O Figueirense aproveitou a cessão de meio-campo e voltou melhor.
Mesmo assim, com calma, o São Paulo conseguiu administrar o resultado sem sustos. A equipe chegava com dificuldade ao ataque e, aos 17min, perdeu Aloísio, com dores no tornozelo. Thiago o substituiu.
A grande chance são-paulina no segundo tempo veio aos 28min, quando Júnior deu um presente para Leandro. O disparo da esquerda saiu forte, mas o goleiro Andrey defendeu.
No fim, Andrey voltou a evitar uma derrota maior ao espalmar para a frente um chute de Thiago, de fora da área. No rebote, o atacante mandou para fora, à direita do gol.
"Fizemos a nossa parte, todo mundo jogou bem, e isso facilita", disse o meia Danilo, que teve participação discreta.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Santos sofre de novo com rival da rabeira, mas vence
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.