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No 700º jogo de Rogério, São Paulo abre 7 pontos
Goleiro quase não trabalha na 1ª vitória paulista no Orlando Scarpelli em 2006
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Estava certo na véspera o goleiro Rogério ao não se empolgar demais com a marca histórica que conseguiu ontem, contra o Figueirense, em Florianópolis. Praticamente assistiu à
vitória tranqüila do São Paulo.
Foram só duas defesas contadas pelo Datafolha ao longo da
partida no Orlando Scarpelli,
onde nenhum time paulista havia vencido neste Brasileiro.
Curiosamente, Rogério completou seu 700º jogo com a camisa são-paulina sem o número 1. A pedido do árbitro Djalma
Beltrami, o capitão são-paulino
foi obrigado a trocar sua camisa
amarela -cor que o juiz também usava- com a número 22
de Bosco, de cor cinza.
Jogador que mais atuou com
a camisa do Morumbi na história, Rogério passou quase despercebido no jogo, notado apenas ao trocar de camisa e quando saiu para dividir bola na
frente da área com Schwenck,
aos 22min do segundo tempo.
O atacante ganhou o lance
-mas a bola saiu para fora, pertinho da trave, assustando os
torcedores são-paulinos.
Defesa importante mesmo só
no segundo tempo, espalmando para escanteio um chute do
atacante Soares.
Com a vitória, o São Paulo
voltou a abrir vantagem de sete
pontos em relação ao vice-líder
Internacional. Na próxima rodada, nesta quinta, o time enfrenta a Ponte Preta, no Morumbi, no feriado de Finados.
O time começou pressionado, com Júnior salvando chute
de Schwenck em cima da linha.
O contra-ataque era o principal
recurso do time catarinense,
que perdeu seu técnico Waldemar Lemos na metade do primeiro tempo, por reclamação.
Mas não demorou muito para que o líder estabelecesse seu
favoritismo no placar, a despeito do bom aproveitamento do
Figueirense nas pequenas dimensões do Orlando Scarpelli.
Foi a terceira derrota dos caterinenses em 16 jogos em casa.
Aos 22min, Souza cobrou escanteio na primeira trave, onde
Aloísio se antecipou para cabecear. O goleiro Andrey ainda tocou na bola, que passou por
suas mãos antes de entrar.
"A gente sempre treina isso
no dia-a-dia, graças a Deus tive
a oportunidade de fazer esse
gol", disse, no intervalo.
Também foi infeliz o goleiro
do Figueirense no fim da primeira etapa. Num chute de
Souza, a bola desviou na zaga e
parou nos pés do lateral Ilsinho, que chutou forte. A bola
passou por baixo de Andrey.
Satisfeito com a vantagem de
2 a 0, Muricy Ramalho optou
por sacar Mineiro, contundido,
e colocar mais um zagueiro,
André Dias, formando um trio
na defesa tricolor. O Figueirense aproveitou a cessão de meio-campo e voltou melhor.
Mesmo assim, com calma, o
São Paulo conseguiu administrar o resultado sem sustos. A
equipe chegava com dificuldade ao ataque e, aos 17min, perdeu Aloísio, com dores no tornozelo. Thiago o substituiu.
A grande chance são-paulina
no segundo tempo veio aos
28min, quando Júnior deu um
presente para Leandro. O disparo da esquerda saiu forte,
mas o goleiro Andrey defendeu.
No fim, Andrey voltou a evitar uma derrota maior ao espalmar para a frente um chute de
Thiago, de fora da área. No rebote, o atacante mandou para
fora, à direita do gol.
"Fizemos a nossa parte, todo
mundo jogou bem, e isso facilita", disse o meia Danilo, que teve participação discreta.
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