São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Superliga feminina ganha status com ouro

Competição terá nove campeãs olímpicas, enquanto, na masculina, estarão em ação 7 atletas da seleção vice-campeã em Pequim

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

As Superligas feminina e masculina têm início hoje e rivalizam as atenções de mídia, público e patrocinadores.
Pela primeira vez desde a temporada 2003/2004, as duas competições terão o mesmo número de equipes participantes: 12. Enquanto o torneio masculino perdeu três times, o feminino ganhou dois.
Alavancada pelo sucesso da seleção de Bernardinho, a Superliga masculina atraía bem mais público e investimentos. Em 2006/2007, as equipes participantes entre os homens corresponderam a quase o dobro das que disputaram entre as mulheres: 15 contra 8.
Na análise de jogadores, técnicos e investidores consultados pela reportagem, o desnível entre os dois torneios tende a diminuir cada vez mais.
"O feminino está caminhando para passar pela mesma trajetória do masculino. A seleção deles tem conquistas que a nossa ainda não tem, e é natural que houvesse esse desnível de interesse entre as competições", analisou Paula Pequeno, ponta do Osasco e da seleção.
Ela é uma das nove campeãs olímpicas em Pequim que estarão em quadra nesta Superliga. No torneio masculino, haverá sete medalhistas de prata.
"O ouro olímpico gerou um "plus" para os patrocinadores que investiram na contratação ou manutenção das atletas que conquistaram o ouro", disse Renato D'Ávila, gerente de competições da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).
D'Ávila ressaltou a presença de três novos apoios financeiros no feminino: Cativa, patrocinadora do Pomerode; Mackenzie, que investe no Pinheiros; e Futel, órgão ligado à Prefeitura de Uberlândia que patrocina o Praia Clube.
Outro fator elencado para o sucesso desta edição feminina é o maior nivelamento técnico entre os participantes.
"Antes, todo mundo já sabia desde o início do campeonato quem iria à final", afirmou Sheilla, do São Caetano, em referência a Rio de Janeiro e Osasco, que fizeram as quatro últimas finais da Superliga.
"Agora, vai ser diferente. Há novas equipes em condições de lutar pelo título. E isso é bom para todo mundo: atletas, dirigentes e patrocinadores", disse a jogadora, uma das três atletas da seleção campeã olímpica repatriadas pelo São Caetano, em parceria com a Blausigel.
O investimento total na equipe foi de R$ 5 milhões, cifra bem superior ao aporte destinado ao Pinheiros (R$ 1,5 milhão), que foi patrocinado pela empresa na última temporada.
A equipe do ABC paulista conta também com Fofão e Mari da seleção brasileira.


NA TV - São Caetano x Brusque
Sportv, ao vivo, às 20h




Texto Anterior: Santos: Equipe está indefinida para enfrentar Sport
Próximo Texto: Jogadores desconhecem ou criticam novas regras
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.