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À la Ronaldo, Botafogo-SP acerta com italiano Vieri
Clube terá atacante de 36 anos no próximo Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
A fórmula é simples: contratar um jogador famoso com
idade avançada, atrair todos os
holofotes, encher o estádio e,
com alguma sorte, ver o craque
fazer a diferença em campo.
A exemplo do Corinthians,
que repatriou Ronaldo no final
de 2008, o Botafogo de Ribeirão Preto, ausente do cenário
nacional desde o início da década, anunciou a contratação do
atacante Christian Vieri, 36, ex-colega de time e de noitadas do
Fenômeno na Inter de Milão.
Há uma semana, Vieri, que
disputou as Copas de 1998 e
2002 pela Itália, anunciou sua
aposentadoria após ficar meses
flertando com times do Brasil.
Mas, depois, aceitou a proposta
e assinou pré-contrato com o
Botafogo, que se apoiou na imagem da cidade para convencê-
-lo. Ele chega ao Brasil no mês
que vem e jogará o Paulista-10.
"Estávamos atrás de alguém
para motivar nossa torcida. Tinha que ser muito conhecido",
disse o presidente do Botafogo,
Luiz Antônio Pereira, que enviou ao empresário de Vieri um
DVD com as histórias da cidade
do interior de SP e do clube.
O dirigente diz que o salário
será todo pago por empresários
da cidade e da região. No Paulista-08, a folha salarial do time
ficou em R$ 400 mil por mês.
Além de Vieri, o Botafogo diz
estar perto de acertar com o italiano Francesco Coco, lateral-esquerdo que disputou a Copa-02 e chegou a se aposentar.
A mais recente conquista do
Botafogo foi o vice no Paulista
de 2001. Nesse ano, caiu para a
Série B do Nacional -hoje, busca vaga na quarta divisão.
Em 2003, o clube foi rebaixado para a Série A-2 do Paulista
-parou na terceira divisão em
2006. Reestruturou-se e voltou
à elite neste ano, quando se safou de nova queda pelos critérios de desempate. Atualmente, disputa as quartas de final da
Copa Paulista, que dá ao campeão vaga na Copa do Brasil.
O presidente do Botafogo diz
que espera bom desempenho
de Vieri. "Quem sabe fazer gols
vai fazer gols a vida inteira."
Mas há quem torça o nariz
para a contratação. "Não vejo
lógica, a não ser que ele venha e
jogue bola, o que é improvável.
Se isso acontecer, eu volto a jogar também", declarou Sócrates, o maior ídolo do clube.
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