São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

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MEIO VAZIO

País registra tempos modestos no atletismo e na natação, fiascos nos esportes coletivos e até medalha ganha só com derrota

DE SÃO PAULO

O Brasil pode terminar o Pan de Guadalajara com desempenho próximo ao de quatro anos atrás, no Rio. Mas, perto do final dos Jogos, o saldo nos esportes coletivos é pior do que em 2007.
Quase metade das vitórias nacionais aconteceu na natação e no atletismo. Só que os tempos transformam em miragem a chance de o país também triunfar em Londres-12.
O Brasil ainda foi ao pódio em provas esvaziadas e com concorrentes medíocres.
A eliminação de ontem no basquete masculino, que nem às semifinais chegou, foi outro capítulo do fiasco nacional nos esportes coletivos.
Há quatro anos, no Rio, o país foi campeão no futebol feminino, no basquete masculino, no handebol (tanto masculino como feminino) e ainda no vôlei masculino.
Também foi prata no vôlei e no basquete feminino.
Agora, as mulheres do futebol foram prata (perderam a final nos pênaltis para o Canadá), e os homens deram vexame e caíram na primeira fase, sem vitórias. Já o basquete feminino foi só bronze.
Pior ocorreu com o handebol masculino, que perdeu para a Argentina na final, em jogo que, mais do que a medalha, valia vaga olímpica.
Nos nobres atletismo e natação, o Brasil chegou até a peitar o time B, ou C, dos EUA. Mas com marcas modestas.
Com exceção de Cesar Cielo nos 50 m e nos 100 m livre, nenhuma medalha brasileira conquistada nas piscinas foi obtida com um tempo que colocaria um atleta no pódio do último Mundial.
O ouro de Thiago Pereira nos 100 m costas, por exemplo, foi conquistado com um tempo que não levaria o brasileiro nem às semifinais do Mundial disputado na China.
As marcas do país no atletismo do Pan, em geral, também não impressionaram.
As duas únicas que dariam medalha no último Mundial, na Coreia do Sul, foram as de Maurren Maggi, no salto em distância, e a do revezamento 4 x 100 m masculino -ainda assim, a altitude de Guadalajara favorece provas de velocidade, como esta.
O Brasil, como outros países, ainda ganhou medalhas em eventos inusitados, como no boxe, em que uma lutadora ficou com o bronze mesmo sem ter vencido sequer uma luta -faltaram rivais na categoria. (PAULO COBOS, FERNANDO ITOKAZU E DANIEL BRITO)


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