São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

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Com seis partidas em só dois dias, rúgbi estreia no Pan com modalidade que permite disputa-relâmpago

MARCEL MERGUIZO
ENVIADO ESPECIAL A GUADALAJARA

Jogo às 14h25, às 16h10 e às 18h40 (de Brasília) hoje. Quartas de final, semifinal e decisão amanhã.
Após só dois dias e seis jogos, o torneio de rúgbi do Pan de Guadalajara terá seus primeiros medalhistas da história dos Jogos.
O calendário acima é da seleção brasileira, que, na primeira fase, enfrenta Canadá, Estados Unidos e Chile.
Mas o torneio-relâmpago só é possível porque a modalidade disputada neste Pan e na Olimpíada, a partir de 2016, no Rio, é o rúgbi "seven a side" (ou de sete).
Se fosse o tradicional, com 15 atletas por time, o intervalo entre os jogos poderia chegar a quase uma semana, e a competição duraria cerca de dois meses, como é o caso da Copa do Mundo, que terminou na semana passada com a vitória da Nova Zelândia.
O circuito mundial da modalidade de sete é realizado em etapas, também em um fim de semana, em países diferentes. Pela primeira vez, o Brasil foi convidado para participar de uma delas, em fevereiro, em Las Vegas.
"O 'seven' é um pouco mais dinâmico, veloz. O 15 é mais duro, de contato, e exige uma recuperação maior", disse o técnico Maurício Coelho.
O Brasil tem 12 atletas inscritos e pode fazer apenas três substituições por partida.
No jogo com sete atletas, em vez de dois tempos de 40 minutos, são sete por sete. As dimensões do campo e as regras são as mesmas. Apenas a recuperação é diferente.
"No pós-jogo, a gente faz imersão em tonéis de gelo por três minutos, tem muita hidratação, come algo e bota a perna para o alto porque tem outra partida na sequência", disse o jogador Daniel Gregg.
No Brasil, os atletas da seleção de sete são os mesmos da de 15. A vantagem é que os brasileiros treinam e jogam o ano todo juntos. Por outro lado, não há especialização, o que a confederação brasileira da modalidade planeja para os próximos anos no país.
"No de 15 é mais estratégia, como um xadrez. No 'seven', você piscou o olho e não dá tempo de voltar, o jogo não permite vacilo", afirmou Lucas Duque, considerado o craque da equipe nacional.
As potências no Pan são Estados Unidos e Canadá, que contam com ligas profissionais, e Argentina, até o início do ano invicta no continente até ser derrotada pelo Brasil no Sul-Americano. O resultado histórico anima a seleção em Guadalajara.
"Queremos fazer com que o Pan vire um divisor de águas para o rúgbi brasileiro", declarou Lucas Duque.


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