São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 2002

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Governo só ajudará quem for empresa

DA REPORTAGEM LOCAL

A MP79 condiciona o apoio do governo, na forma de empréstimo, financiamento ou patrocínios, à transformação dos clubes e das entidades em empresas.
Os termos da medida provisória não afetam os contratos já firmados, como, por exemplo, o do Flamengo com a Petrobras, que dura até 2004. Serão afetados somente os acordos futuros.
Impedido de exigir a transformação das instituições em empresa sob pena de incorrer em inconstitucionalidade, o governo resolveu "incitar" a mudança, por meio de incentivos.
A medida pode não afetar apenas o futebol. Para o governo, toda confederação esportiva que mantiver contrato com atletas também estará sujeita à exigência para ganhar ajuda estatal.
Dirigentes de modalidades classificadas como amadoras, porém, entendem que não. "As confederações não são definidas como entidades esportivas pela Lei Pelé, mas como entidades federais de administração", afirma Martinho Nobre dos Santos, secretário-geral da Confederação Brasileira de Atletismo, cujo contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal termina no fim do ano.
"O que está no texto afeta só o futebol. Nas outras modalidades, como natação, vôlei e basquete, não há lei que regule o profissionalismo, e as federações internacionais não reconhecem os atletas como profissionais", diz Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, cujo contrato com os Correios também acaba neste ano.


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