|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corinthians expõe limitações na hora crucial em casa
Com muitos erros em passes e em cruzamentos, time de Nelsinho perde no Pacaembu e escancara fraqueza técnica
Rubens Cavallari/Folha Imagem
|
Jogadores do Corinthians se reúnem na boca do túnel que dá acesso ao gramado do Pacaembu |
Corinthians 0
Vasco 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Se alguém não tinha até ontem uma explicação em campo
para o fato de o Corinthians estar lutando até agora contra o
rebaixamento no Brasileiro,
encontrou desde o primeiro
minuto de jogo contra o Vasco.
O duelo no Pacaembu foi um
festival de erros, de falta de
qualidade técnica, em especial
do dono da casa, que nem
apoiado pela torcida conseguiu
produzir futebol razoável.
Só no primeiro tempo o Corinthians errou 38 passes, perdeu 17 bolas e deu direção errada para 10 dos 17 cruzamentos
que tentou, segundo o Datafolha (no jogo todo, foram 70 passes errados, 36 bolas perdidas e
19 cruzamentos errados em 31).
Nervosa, a equipe abusou de
chutões, o que fica claro no número de desarmes incompletos: 46 durante a partida.
O Vasco, que apenas especulava em campo, também não
contribuiu para um bom jogo
-errou 67 passes na partida e
perdeu 41 bolas, por exemplo.
""Não estamos conseguindo
acertar três, quatro passes. Não
podemos recuperar a bola e sair
correndo com todo mundo para o gol adversário", reclamou
no intervalo o técnico do Corinthians, Nelsinho Baptista.
""O Corinthians pressionou
mais, mas criamos as melhores
chances de gol", falou, também
no intervalo, Valdyr Espinosa,
o treinador da equipe visitante.
No primeiro tempo, as poucas chances de gol do Corinthians foram mais de longe. Fábio Ferreira cabeceou meio
sem jeito aos 29min, e Carlos
Alberto chutou de fora da área
três minutos depois. Cássio, goleiro rival, espalmou as duas
bolas quase no meio do gol.
O Vasco chegou mais forte.
Aos 18min, Morais bateu cruzado, Felipe deixou a bola escapar, e Fábio Braz tirou quase na
linha. Aos 45min, Felipe salvou
com as mãos em chute de Leandro Amaral e, depois, com os
pés em chute de Thiaguinho.
No segundo tempo, o Corinthians voltou em ritmo acelerado, mostrando que disposição e
raça não faltam para a equipe. A
carência técnica, porém, impedia o time de abrir o placar. Arce recebeu na cara do gol em falha de marcação da defesa vascaína e mandou por cima, longe
do gol, para desespero dos torcedores nas arquibancadas.
A ausência de Finazzi, suspenso, era um problema para o
ataque corintiano. De fora da
área, Éverton Ribeiro chutou
até com estilo, mas para fora.
A cada jogada de ataque desperdiçada pelo Corinthians, o
goleiro Felipe mostrava nervosismo, pulando, se benzendo e
colocando a camisa na cabeça.
O empate que o Goiás conseguia no Mineirão diante do
Atlético-MG também não ajudava a equipe a se acalmar.
Éverton Ribeiro recebeu outra bola livre no miolo da área.
Finalizou fraco, rasteiro, totalmente torto, para fora. Na defesa, Zelão nem fazia tanta falta,
já que o Vasco pouco ameaçava,
mas no meio Moradei, outro
suspenso, faria melhorar.
As coisas ficaram piores
quando o Vasco abriu o placar
em um lance meio acidental.
Guilherme cruzou, Alan Kardec foi para a jogada de cabeça,
a bola desviou em Fábio Ferreira e venceu Felipe aos 19min.
O Corinthians só não foi para
a zona do descenso porque o
Goiás já perdia em Minas. O
Vasco ainda quase ampliou
com Leandro Amaral, que, livre, chutou em cima de Felipe.
E em lance que só foi parado
porque um gandula jogou uma
segunda bola em campo.
O suspiro corintiano parou
na trave. Wilson virou e chutou
no poste. Depois, Fábio Braz
perdeu a última chance. Agora,
o último jogo é contra o Grêmio, domingo, no Olímpico.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Resta um: Ataque ganha novo desfalque Índice
|