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Nelsinho defende time e culpa Dualib
Sem 5 titulares, técnico motiva substitutos até com filme, não obtém boas atuações, mas diz que equipe não é limitada
Arce, Bruno Octávio, Fábio Braz e Éverton Ribeiro não têm sucesso nas chances de marcar; Vampeta afirma que grupo sentiu a tensão
DA REPORTAGEM LOCAL
A preleção do Corinthians
antes do jogo foi feita direcionada para eles, os reservas, mas
não foi o suficiente para que a
atuação deles em campo fosse o
que o técnico e a torcida queriam. Os cinco reservas do time
do Parque São Jorge que entraram ontem como titulares por
causa dos desfalques sucumbiram ao nervosismo que permeou o confronto com o Vasco.
No final, só restou a Nelsinho
Baptista lamentar o fracasso,
defender seu elenco e culpar a
gestão do ex-presidente Alberto Dualib. "O time não é limitado. Foi humilhado e castigado
pelo desmando que existia na
administração anterior", disse
o treinador corintiano.
Segundo ele, o Corinthians
apresentou evolução no segundo tempo da partida e a estratégia adotada será mantida.
"Não há desespero. Está faltando a bola entrar. Não adianta bater ferro em fogo. Temos
que apoiar esses jogadores."
Porém o time em que Nelsinho tanto confiou, recheado
por cinco reservas, falhou justamente na hora agá.
Quatro deles, Arce, Bruno
Octávio, Éverton Ribeiro e até o
zagueiro Fábio Braz, tiveram
chances de fazer os cobiçados
gols salvadores, que poderiam
dar uma vitória e tirar o time do
perigo de cair à Série B. Todos
as desperdiçaram. O quinto, o
lateral Amaral, não chegou a
terminar a partida em campo.
Nelsinho, sem poder escalar
jogadores fundamentais, como
Gustavo Nery, Finazzi ou Moradei, apostou na motivação
dos substitutos.
O técnico corintiano centrou
seu discurso final na concentração na importância dos suplentes para um time. Passou
para os jogadores o filme "Um
Domingo Qualquer", que tem
como personagem central um
jogador de futebol americano
que passa de reserva a principal
atleta da equipe depois que o
astro se machuca. A película, de
1999 e dirigida por Oliver Stone, mostra as mudanças na direção do time, cheio de glórias
no passado, mas decadente.
Nelsinho, antes da partida,
tentou minimizar o fato de ter
muitos desfalques. "Assim é
que surgem novos valores. Se
estão aí é porque mostraram
tranqüilidade", declarou ele.
Mas tranqüilidade parece ter
faltado ao time que ontem tinha média de idade de 22 anos.
Esse, segundo os jogadores
corintianos, foi fator determinante para a falta de calma no
momento dos arremates.
"Pela tensão do jogo, a equipe
toda é nova, sentiu. Se você for
contar, a maioria tem 22, 23
anos", declarou Vampeta, que
saiu de campo irritado.
"A equipe é jovem. Nessa hora é normal atleta novo sentir",
declarou o goleiro Felipe.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)
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