São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Nelsinho defende time e culpa Dualib

Sem 5 titulares, técnico motiva substitutos até com filme, não obtém boas atuações, mas diz que equipe não é limitada

Arce, Bruno Octávio, Fábio Braz e Éverton Ribeiro não têm sucesso nas chances de marcar; Vampeta afirma que grupo sentiu a tensão


DA REPORTAGEM LOCAL

A preleção do Corinthians antes do jogo foi feita direcionada para eles, os reservas, mas não foi o suficiente para que a atuação deles em campo fosse o que o técnico e a torcida queriam. Os cinco reservas do time do Parque São Jorge que entraram ontem como titulares por causa dos desfalques sucumbiram ao nervosismo que permeou o confronto com o Vasco.
No final, só restou a Nelsinho Baptista lamentar o fracasso, defender seu elenco e culpar a gestão do ex-presidente Alberto Dualib. "O time não é limitado. Foi humilhado e castigado pelo desmando que existia na administração anterior", disse o treinador corintiano.
Segundo ele, o Corinthians apresentou evolução no segundo tempo da partida e a estratégia adotada será mantida.
"Não há desespero. Está faltando a bola entrar. Não adianta bater ferro em fogo. Temos que apoiar esses jogadores."
Porém o time em que Nelsinho tanto confiou, recheado por cinco reservas, falhou justamente na hora agá.
Quatro deles, Arce, Bruno Octávio, Éverton Ribeiro e até o zagueiro Fábio Braz, tiveram chances de fazer os cobiçados gols salvadores, que poderiam dar uma vitória e tirar o time do perigo de cair à Série B. Todos as desperdiçaram. O quinto, o lateral Amaral, não chegou a terminar a partida em campo.
Nelsinho, sem poder escalar jogadores fundamentais, como Gustavo Nery, Finazzi ou Moradei, apostou na motivação dos substitutos.
O técnico corintiano centrou seu discurso final na concentração na importância dos suplentes para um time. Passou para os jogadores o filme "Um Domingo Qualquer", que tem como personagem central um jogador de futebol americano que passa de reserva a principal atleta da equipe depois que o astro se machuca. A película, de 1999 e dirigida por Oliver Stone, mostra as mudanças na direção do time, cheio de glórias no passado, mas decadente.
Nelsinho, antes da partida, tentou minimizar o fato de ter muitos desfalques. "Assim é que surgem novos valores. Se estão aí é porque mostraram tranqüilidade", declarou ele.
Mas tranqüilidade parece ter faltado ao time que ontem tinha média de idade de 22 anos.
Esse, segundo os jogadores corintianos, foi fator determinante para a falta de calma no momento dos arremates.
"Pela tensão do jogo, a equipe toda é nova, sentiu. Se você for contar, a maioria tem 22, 23 anos", declarou Vampeta, que saiu de campo irritado.
"A equipe é jovem. Nessa hora é normal atleta novo sentir", declarou o goleiro Felipe. (EDUARDO ARRUDA, PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)


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