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Massa fracassa de novo na Austrália
Pelo segundo ano consecutivo, brasileiro e Ferrari deixam Melbourne sem nenhum ponto na abertura do Mundial de F-1
Estratégias falham, e chefe da escudeira diz que começo da temporada não foi digno; Raikkonen deixa a prova depois de bater em muro
DA ENVIADA A MELBOURNE
Pelo segundo ano seguido, a
Ferrari viu seus dois carros terminarem o GP da Austrália antes do encerramento. Pelo segundo ano seguido, Felipe
Massa deixou Melbourne sem
nenhum ponto no Mundial.
"A gente sabia que não tinha
como competir com a Brawn,
mas achamos que poderíamos
fazer uma boa corrida", falou o
brasileiro, que saiu em sexto e
fez uma ótima largada, saltando para o terceiro lugar.
Como o carro de Massa não
se adaptou bem aos pneus mais
macios, a Ferrari antecipou sua
parada para deixá-lo menos
tempo na pista com os compostos. Foi no primeiro pit que a
escuderia decidiu, então, mudar sua estratégia de duas para
três paradas, o que mais tarde
acabou atrapalhando seu GP.
"Foi um erro grande, mas
mesmo com ele eu poderia ter
marcado pontos", disse Massa,
que vinha atrás de Lewis Hamilton até deixar a corrida.
Massa estava em 11º lugar
quando um componente do sistema de direção quebrou na
46ª volta, forçando-o a abandonar. "Estava saindo de uma curva quando, de repente, o volante ficou torto e eu não conseguia mais guiar", explicou.
"Foi um prejuízo muito grande, ainda mais se olharmos para o ano passado, quando um
ponto já fazia muita diferença."
Para seu consolo, a experiência do ano passado, quando
chegou à terceira etapa sem nenhum ponto, deverá lhe servir
agora. "A experiência sempre
ajuda e faz a gente ter a cabeça
mais tranquila pra saber como
encarar a situação", afirmou
Massa, que perdeu o título do
Mundial para Lewis Hamilton
na última curva do GP Brasil, a
etapa derradeira.
Já seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, teve um
problema diferente, mas também abandonou. Algumas voltas antes do incidente com o
brasileiro, Raikkonen perdeu o
controle quando ocupava o oitavo posto. Bateu no muro, danificando o F60. Abandonou a
corrida pouco tempo depois.
"O erro foi meu", justificou o
piloto finlandês. "Foi uma pena, tendo visto o que ocorreu
depois. Eu poderia ter completado até em segundo lugar."
Numa repetição do que aconteceu em 2008, os dirigentes
ferraristas se apressaram em
tentar explicar o fiasco depois
da etapa de abertura da F-1.
"Precisamos admitir que
nossa performance não esteve
nem perto da de nossos concorrentes", disse Luca Baldisseri,
diretor da escuderia.
Para Stefano Domenicali,
chefe do time, o começo de ano
"não foi digno" da Ferrari. "Faltou confiabilidade aos carros, a
performance não foi boa, e as
estratégias escolhidas não funcionaram."
(TATIANA CUNHA)
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