São Paulo, segunda-feira, 30 de março de 2009

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Massa fracassa de novo na Austrália

Pelo segundo ano consecutivo, brasileiro e Ferrari deixam Melbourne sem nenhum ponto na abertura do Mundial de F-1

Estratégias falham, e chefe da escudeira diz que começo da temporada não foi digno; Raikkonen deixa a prova depois de bater em muro

DA ENVIADA A MELBOURNE

Pelo segundo ano seguido, a Ferrari viu seus dois carros terminarem o GP da Austrália antes do encerramento. Pelo segundo ano seguido, Felipe Massa deixou Melbourne sem nenhum ponto no Mundial.
"A gente sabia que não tinha como competir com a Brawn, mas achamos que poderíamos fazer uma boa corrida", falou o brasileiro, que saiu em sexto e fez uma ótima largada, saltando para o terceiro lugar.
Como o carro de Massa não se adaptou bem aos pneus mais macios, a Ferrari antecipou sua parada para deixá-lo menos tempo na pista com os compostos. Foi no primeiro pit que a escuderia decidiu, então, mudar sua estratégia de duas para três paradas, o que mais tarde acabou atrapalhando seu GP.
"Foi um erro grande, mas mesmo com ele eu poderia ter marcado pontos", disse Massa, que vinha atrás de Lewis Hamilton até deixar a corrida.
Massa estava em 11º lugar quando um componente do sistema de direção quebrou na 46ª volta, forçando-o a abandonar. "Estava saindo de uma curva quando, de repente, o volante ficou torto e eu não conseguia mais guiar", explicou.
"Foi um prejuízo muito grande, ainda mais se olharmos para o ano passado, quando um ponto já fazia muita diferença."
Para seu consolo, a experiência do ano passado, quando chegou à terceira etapa sem nenhum ponto, deverá lhe servir agora. "A experiência sempre ajuda e faz a gente ter a cabeça mais tranquila pra saber como encarar a situação", afirmou Massa, que perdeu o título do Mundial para Lewis Hamilton na última curva do GP Brasil, a etapa derradeira.
Já seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, teve um problema diferente, mas também abandonou. Algumas voltas antes do incidente com o brasileiro, Raikkonen perdeu o controle quando ocupava o oitavo posto. Bateu no muro, danificando o F60. Abandonou a corrida pouco tempo depois.
"O erro foi meu", justificou o piloto finlandês. "Foi uma pena, tendo visto o que ocorreu depois. Eu poderia ter completado até em segundo lugar."
Numa repetição do que aconteceu em 2008, os dirigentes ferraristas se apressaram em tentar explicar o fiasco depois da etapa de abertura da F-1.
"Precisamos admitir que nossa performance não esteve nem perto da de nossos concorrentes", disse Luca Baldisseri, diretor da escuderia.
Para Stefano Domenicali, chefe do time, o começo de ano "não foi digno" da Ferrari. "Faltou confiabilidade aos carros, a performance não foi boa, e as estratégias escolhidas não funcionaram." (TATIANA CUNHA)

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