DA REPORTAGEM LOCAL

A negociação de treinadores com as federações africanas de futebol para o acerto de contratos tem capítulos inusitados.
Foi o caso, por exemplo, da última troca de comando na Costa do Marfim.
Primeiro, o presidente da federação local anunciou pela televisão, em rede nacional, que Vahid Halilhodzic, que fracassou na Copa da África, estava fora. Anteontem, um outro cartola da federação também apareceu na TV, nos mesmos moldes, para anunciar a contratação de Sven-Goran Eriksson.
Os cartolas também disparam para todos os lados na tentativa de contratar os treinadores europeus.
Os dirigentes marfinenses não escondem que Eriksson não era a primeira opção. Eles queriam o holandês Guus Hiddink, mas não houve acerto.
Mais conturbado ainda foi o processo de escolha do novo treinador da Nigéria. A federação de futebol local entrevistou cinco candidatos, todos europeus e brancos.
Um dos favoritos para assumir a função era Glenn Hoddle, ex-treinador da seleção da Inglaterra. Porém ele desistiu do cargo depois de denunciar um caso de corrupção.
Segundo Hoddle, o cartola exigiu que ele pedisse um salário US$ 500 mil maior do que o desejado pelo treinador. Esse dinheiro, depois do inglês contratado, seria repassado pelo técnico para esse dirigente. O governo nigeriano investiga o caso. (PC)


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