São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2011

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xarás

Em uma Superliga repleta de astros, Wallace, do Sesi, e Wallace, do Cruzeiro, são os jogadores que mais se destacam no ataque e na pontuação

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Entre campeões mundiais e estrelas estrangeiras, desponta na Superliga masculina um nome pouco conhecido entre aqueles que não costumam acompanhar vôlei com frequência: Wallace.
Dois jogadores com o mesmo nome e que atuam na mesma posição têm se destacado na competição, cujas semifinais começam hoje.
Um é o melhor atacante desta Superliga. O outro, o atleta que mais pontuou.
O oposto do Sesi, Wallace Martins, 28, é o maior pontuador, com 489 pontos.
Só seis pontos atrás está seu xará, Wallace Souza, 23, que também se destaca em outro ranking. O oposto do Cruzeiro lidera a lista dos atacantes mais eficientes.
Exceto o nome e o ótimo desempenho na Superliga, os Wallaces têm pouco em comum. O do Sesi é carioca e começou a jogar vôlei por insistência de seu irmão.
"Era do atletismo antes de entrar no vôlei. Corria os 110 m com barreira. Meu irmão, apaixonado por vôlei, me incentivou a fazer uma peneira. Nunca tinha tido contato com vôlei. Acho que só fui aprovado porque, com 15 anos, já tinha 2,02 m", diz o jogador, hoje com 2,04 m.
Seis centímetros mais baixo, o Wallace do time mineiro é paulistano e, por vontade própria, tentou a peneira do Banespa. Foi reprovado duas vezes antes de enfim ser contratado, em 2006.
Os dois Wallaces demonstram um profundo respeito por seus rivais na posição. O oposto do Sesi enfrentará a partir de hoje, como adversário nas semifinais, André Nascimento, do Minas, que defendeu a seleção brasileira entre 2002 e 2008.
"É um jogador muito experiente e que deve ser respeitado por tudo o que fez na seleção", disse o atleta do Sesi.
Seu xará enfrentará, a partir de sexta-feira, Leandro Vissotto, do Vôlei Futuro, que é o atual oposto titular da seleção de Bernardinho.
Mais jovem do que os outros três opostos semifinalistas, Wallace Souza compôs a seleção que disputou a Liga Mundial-2010. Foi cortado na fase final, mas aguarda com paciência uma nova chance.
Ele sabe que, em termos de experiência acumulada, seus concorrentes levam vantagem. "Por eu ser jovem, talvez possa chegar mais longe que eles. Mas ainda tenho muito o que evoluir", disse o atleta, que, apesar da pouca idade, esteve entre os maiores pontuadores também das últimas duas Superligas.
Wallace, do Sesi, também é regular. Antes de chegar ao Brasil, em 2010, jogou na Argentina por quatro anos. Foram quatro títulos, dois prêmios de melhor atacante e dois de maior pontuador.
No Sesi, ele consegue se destacar em uma equipe que conta ainda com Murilo, melhor jogador do último Mundial, e Thiago Alves, melhor atacante da Superliga-2010.
Mesmo assim, Wallace é comedido quando fala de seleção. Afirma que tem que dar o melhor neste campeonato e deixar "as coisas acontecerem naturalmente". Naturalmente, o técnico Bernardinho deve estar atento aos dois Wallaces.

NA TV
Sesi x Minas
19h Sportv 2 e Esporte Interativo




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