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FUTEBOL
Após goleada de 7 a 2 e uma série de lesões bizarras, time vai à Bahia para tentar a remota vaga na Copa do Brasil
Palmeiras júnior desafia desclassificação
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando a fase é ruim sobra culpa até para o departamento médico do clube. Não é diferente com o
rebaixado Palmeiras-2003.
Em meio a muitas e polêmicas
lesões, o time enfrenta o Vitória,
em Salvador, atrás de um improvável 6 a 0 para passar às quartas-de-final da Copa do Brasil.
Com as lesões consecutivas de
Pedrinho, Muñoz, Zinho e Thiago
Gentil, o técnico Jair Picerni se viu
obrigado a apostar em atletas alçados ao time principal após o vice da Copa São Paulo de juniores,
como Edmilson e Vágner.
Além dessas baixas, os problemas médicos incluem o goleiro
Marcos, que foi desconvocado da
seleção por uma suspeita de bronquite mas jogará hoje.
O caso mais bizarro, porém, é o
de um atleta dispensado no fim de
semana. O zagueiro Índio saiu
acusando os médicos de ""falsos e
sem caráter" por terem afirmado
que ele estava tomando antidepressivos e que simulara contusão
no púbis para não jogar na goleada do Vitória, por 7 a 2, em pleno
Parque Antarctica.
Ontem, o diretor Fernando
Gonçalves saiu em defesa dos médicos e prometeu processar o atleta. "Na partida contra o Corinthians [primeira semifinal do
Paulista], no vestiário, ele teve
um problema e começou a soltar
uma espuma branca pela boca",
disse. "Ele falou aos médicos que
tinha o diabo no corpo."
Outra controvérsia girou em
torno da nova lesão de Pedrinho,
meia marcado por passar a maior
parte de sua carreira no departamento médico. O presidente palmeirense, Mustafá Contursi, teria
feito um trocadilho com seu nome, chamando-o de "Podrinho",
e isso deixou Pedrinho revoltado.
A própria contusão de Thiago
Gentil, anunciada por ele ao final
do treino de ontem, gerou dúvidas por parte de Picerni. "Não
tem problema não. Ele vai jogar",
disse após ser informado das dores musculares do atacante. À tarde, contudo, ele foi tirado da delegação que viajou para a Bahia.
O treinador também desconfiou da lesão de Zinho. "Ele está
meio dolorido, mas não foi nada", disse sobre o veterano meia
que vive má fase técnica.
Quem viajou foi o goleiro Marcos, que foi para Brasília e Salvador pelo Palmeiras, mas se negou
a viajar ao México pela seleção
alegando princípio de bronquite e
que uma viagem longa de avião
poderia deflagrar a doença.
Tanto o coordenador Zagallo
quanto o técnico Carlos Alberto
Parreira deram declarações descrendo da razão apresentada.
Foi nesse clima que o zagueiro
Daniel, que se projetou no São
Caetano, foi apresentado ontem
como palmeirense. "O Palmeiras
atravessa uma fase de turbulência, mas é um desafio", disse.
Daniel é o primeiro dos dois jogadores prometidos por Mustafá
após a dispensa de cinco atletas.
O lateral Neném, um dos cortados, acusou ontem Picerni de ter
"armado uma arapuca" para ele.
NA TV - Record, ao vivo, às
21h40
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