|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COI coloca velejador do Brasil em lista de "heróis olímpicos"
Torben Grael integra relação de 347 atletas que enaltecem espírito dos Jogos
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis Olimpíadas, dois ouros,
uma prata e dois bronzes. Esses
feitos já são suficientes para
Torben Grael ser reconhecido
como um dos mais importantes
atletas do Brasil.
Agora, o iatista passou a figurar também na seleta lista de
competidores considerados
"heróis" pelo Comitê Olímpico
Internacional. Seu nome está
ao lado de outros 346 que tiveram suas biografias escolhidas
não só pelas medalhas obtidas
mas também por representarem os ideais enaltecidos pela
entidade que rege o esporte.
São os representantes da elite esportiva mundial entre as
Olimpíadas de Atenas-1896 e
Atenas-2004. Seus perfis são
compilados desde a década de
70 e podem ser vistos no site do
comitê (www.olympic.org).
O Brasil já contava com três
representantes desde 2005:
Adriana Behar, Shelda e Ricardo, todos do vôlei de praia.
"Não acho que sou um herói,
mas é um orgulho ser reconhecido. Não é uma coisa que se dá
do dia para a noite", declarou
Torben, incluído na relação em
5 de abril, após cerca de quatro
meses de pesquisa do grupo de
estudos do comitê olímpico.
O perfil do brasileiro destaca
seus feitos -atleta do país com
o maior número de medalhas
olímpicas e iatista mais laureado da história dos Jogos- e sua
capacidade de superar os tropeços. "Não importa o tipo de
barco, o parceiro ou a distância,
o importante para ele é estar na
água", escreveu o comitê.
"Essa compilação não é uma
lista de performances olímpicas. Ela dá reconhecimento a
atletas pelo que eles representam para seus esportes e para a
história dos Jogos", afirmou
Sandrine Chabert, coordenadora de imprensa do COI.
A inclusão de um competidor depende até dos registros
de sua performance. A falta de
imagens, por exemplo, pode
prejudicar uma escolha.
Torben está ao lado de seu
principal inspirador, Paul Elvstrom. O dinamarquês, campeão olímpico pela primeira
vez aos 20 anos, soma quatro
ouros. Após o título em Roma-1960, ele se aposentou. Mas
voltou à vela logo depois.
Em Los Angeles-1984, competiu ao lado da filha Trine.
Quatro anos depois, retornou
aos Jogos com a caçula, Strine,
cumprindo uma das mais bonitas carreiras da vela mundial.
"Para mim e também para
muitos atletas, ele é um dos
exemplos a serem seguidos",
afirmou o brasileiro.
Torben ainda divide a lista
com nomes menos famosos,
como o israelense Gal Fridman. Ele protagonizou disputa
acirrada com o brasileiro Ricardo Winicki, da prancha a vela, e levou o ouro em 2004.
Foi a primeira medalha dourada da história de seu país nos
Jogos e o transformou em um
verdadeiro herói nacional.
Também estão na lista nomes como o da corredora Gabriele Andersen-Scheiss. Ela
não chegou perto do pódio em
Los Angeles-1984. Mas sua
imagem cambaleante tentando
cruzar a linha de chegada se
transformou em um dos símbolos do espírito olímpico.
Texto Anterior: No córner: Popó deve integrar comissão técnica do Brasil no Pan Próximo Texto: Vôlei de praia inicia Brasil em rol seleto Índice
|