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Em SP, filas maltratam torcedor
Há relatos de até 9 horas de espera para obtenção de ingressos para final entre Santos e Santo André
Dono da empresa que vende os bilhetes diz que espera máxima foi de 3 horas, "uma maravilha", e que bilhetes para santistas se esgotaram
Zanone Fraissat/Folha Imagem
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Na noite de ontem, longa fila de torcedores no Pacaembu em busca de ingressos para a final do Paulista
DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL
Torcedores relataram que
esperaram até nove horas para
comprar o seu. Muitos desistiram ao ver a quantidade de gente nos guichês. Mas, para o responsável pela venda de bilhetes
para a final do Paulista-2010,
entre Santos e Santo André, tudo correuo bem e ninguém ficou na fila por mais de três horas para comprar sua entrada.
"Foi uma maravilha. Houve
demora? Houve, mas todos foram atendidos. As filas foram
organizadas pela polícia", diz
Bruno Balsimelli, o dono da
BWA, a empresa responsável
pela comercialização de ingressos para a decisão de domingo.
Ele diz que duvidar de que alguém ficou na fila por mais de
três horas. Mas houve relatos
de quem gastou até nove horas
esperando para ser atendido no
Pacaembu, o palco da final.
Em Barueri, outro ponto de
venda, também sobraram queixas. "Um torcedor que estava
saindo do guichê me disse que
tinha ficado quase seis horas na
fila", declarou o gerente de vendas Rubens Mattos, que, depois
de mais de uma hora de espera
e o avanço tímido na fila, desistiu de comprar entradas para
ele e o filho e voltou para Campinas, onde mora.
"Dessa forma, o futebol vai
virar uma coisa para vagabundo, que pode ficar o dia inteiro
numa fila para comprar ingressos", protestou Mattos.
Segundo Balsimelli, foram
vendidas todas as 33.161 entradas destinadas à torcida do
Santos, apesar de o clube dizer
que hoje colocará à venda, na
Vila Belmiro, 600 entradas para o setor do tobogã.
Novas entradas para os santistas, de acordo com Balsi-
melli, só se houver um acordo
entre as diretorias dos finalistas, já que, dos 2.250 bilhetes
destinados aos torcedores do
Santo André, apenas nove haviam sido vendidos até ontem.
Torcedores que formaram
imensas filas nos pontos de
venda reclamaram do pequeno
número de guichês e do sistema de vendas, em que é exigida
a apresentação da carteira de
identidade. Isso serviria para
limitar a dois o número de ingressos vendidos a cada fã.
Mas muitos levam a identidade de terceiros, compram
dezenas de ingressos e ficam
muito tempo na bilheteria.
A situação fez até a Prefeitura de Barueri reclamar do trabalho da BWA. Demora para a
compra e desorganização no
entorno do ginásio José Corrêa
fizeram com que o secretário
de Esportes da cidade, José Calil, prometesse enviar um ofício
hoje para a empresa, responsabilizando-a por eventuais danos ao patrimônio municipal.
"A desorganização é constante. Hoje [ontem] havia apenas um funcionário para fazer
todo o trabalho. Se houver danos, vamos ingressar na Justiça", declarou o secretário.
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