São Paulo, domingo, 30 de maio de 2004

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FUTEBOL

Time de Cuca celebra estabilidade e é o 1º desafio de 3º técnico do rival

Com seu plano A, São Paulo testa o plano C corintiano

DA REPORTAGEM LOCAL

Time que segue à risca o planejamento traçado no final de 2003, o São Paulo será hoje o primeiro rival a colocar à prova o terceiro plano do Corinthians em busca de sucesso na atual temporada.
Depois de ver Juninho, a primeira aposta dos dirigentes, e Oswaldo de Oliveira, a segunda, fracassarem na missão de brigar por títulos, o clube do Parque São Jorge estréia o técnico Tite.
Por causa dos percalços em 2004, a tarefa já não é alcançar o topo do Brasileiro. Pelo contrário, o treinador gaúcho quer afastar a equipe das últimas posições -terminou a rodada anterior, em que foi goleada por 5 a 0 pelo Atlético-PR no Pacaembu, na 17ª colocação, com sete pontos.
"Não me incomodo por ter de recomeçar o trabalho com um novo técnico. A mentalidade do dirigente brasileiro é assim, se o treinador não ganha títulos é demitido. É ilusão achar que vamos trabalhar três anos com a mesma comissão", afirmou Fábio Costa.
Os rivais do goleiro no clássico de hoje vivem uma estabilidade jamais provada pelos corintianos neste ano. No fim de 2003, a diretoria planejou trazer Cuca, que havia se destacado no Goiás.
Até aqui, o técnico tem ido bem. Apesar da queda em mata-mata do Paulista, pôs o time nas semifinais da Libertadores e disputa a liderança do Nacional. Dos nove atletas contratados pelo clube, cinco viraram titulares. Os demais também já tiveram chance no time principal e são utilizados em quase todas as partidas.
Além disso, os são-paulinos vivem um momento tranqüilo politicamente após a reeleição de sua diretoria e a manutenção dos objetivos traçados para o semestre.
"O problema do Corinthians é estrutural. Se você tem um departamento de futebol que não analisa as contratações e não faz planejamento adequado, terá problemas", diz o diretor de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"O São Paulo analisou durante seis meses as contratações dos profissionais que chegaram ao clube neste ano", completa.
No Corinthians, a escalação no clássico mostra como os planos do fim de 2003 não emplacaram.
Dos 13 reforços apresentados no início de 2004, só Fábio Costa, Valdson e Marcelo Ramos começam a partida de hoje.
Além disso, Tite fará improvisações. O volante Wendel vai para a zaga, e o lateral-direito Rogério deixa a posição que mais gosta para atuar como volante.
A troca de técnico não é a última mexida no time. Tite chegou pedindo reforços à diretoria. Quer pelo menos um armador.
A estabilidade que seus antecessores não tiveram, o treinador gaúcho faz planos para alcançar. "Minha meta é terminar o ano no Corinthians", afirmou.
Os atropelos também já atingiram os dirigentes corintianos. Neste ano, três deles (Andrés Sanchez, Francisco Papaiordanou e Rivellino) já deixaram os cargos. O diretor Paulo Angioni chegou na semana retrasada. (EDUARDO ARRUDA E RICARDO PERRONE)


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