|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Meias palmeirenses Juninho e Marcinho, especialistas em servir o ataque, foram melhor em desarmar o adversário
Dupla badalada rende mais na marcação
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira vitória de Juninho e
Marcinho jogando juntos com a
camisa do Palmeiras, a dupla escalada para armar o ataque do time se destacou mais na hora de
ajudar a tomar a bola do Santos.
Juninho, tido como um jogador
leve -às vezes até considerado
"frágil"- foi um dos reis do desarme entre os palmeirenses.
O camisa 10 roubou a bola da
equipe da Vila Belmiro 18 vezes
segundo o Datafolha. Nesse fundamento, o meia só rendeu menos que dois companheiros que
entram em campo essencialmente para destruir as jogadas: o volante Alceu (26 desarmes) e o zagueiro Daniel (20).
Marcinho também ajudou a parar o Santos. Ele, que tem como
uma de suas principais características o drible -o que costuma lhe
render muitos hematomas provenientes dos choques com adversários-, desta vez só tentou esse
tipo de jogada duas vezes. Além
disso, o meia saiu de campo com
mais faltas cometidas do que recebidas: 2 contra 3.
No ataque, a produção da dupla
foi menos efetiva. Marcinho tentou apenas dois arremates a gol,
enquanto seu companheiro de
meio-campo não chutou nem
uma vez sequer.
Apesar disso, a dupla foi a referência do time na hora de passar a
bola. Os dois foram os jogadores
mais acionados do Palmeiras
-Marcinho recebeu 27 bolas e
foi procurado 29 vezes por seus
colegas de time.
O desempenho da dupla foi
pautado por seus posicionamentos em campo durante o jogo.
Com a opção do técnico Paulo
Bonamigo de usar apenas um volante de fato (Alceu) para proteger a zaga, Juninho acumulou a
tarefa de voltar para marcar no
campo de defesa. O meia atou na
prática como uma espécie de segundo volante, que saía de trás
com a bola dominada tentando
armar o contragolpe. Contra o
São Paulo, por exemplo, ele atuara mais próximo ao ataque.
Já Marcinho, que se destacou
nos cruzamentos -foi o líder do
time nesse tipo de quesito, com
oito bolas alçadas na área santista-, jogou mais aberto pela ponta esquerda, fazendo dupla com o
lateral Lúcio naquele setor.
A produção da dupla agradou
ao técnico do time. Na avaliação
de Bonamigo, a vitória contra o
Santos é o primeiro passo para a
recuperação do Palmeiras.
O treinador palmeirense, porém, diz querer ver seu time
atuando melhor. "A equipe precisa jogar muito mais", analisa.
E tempo para tentar fazer isso
virar realidade agora não deverá
ser problema. O próximo jogo do
Palmeiras só acontece no dia 11,
contra o Goiás, fora de casa -fato
comemorado pelo time.
"Esse trabalho de duas semanas
vai ser fundamental. Vai dar para
trabalhar com maior intensidade", diz Bonamigo, , que pretende
dar ênfase ao "aspecto emocional
da equipe" mas que não levará o
grupo para uma concentração no
interior do Estado.
"Faz tempo que a gente não tem
cinco dias seguidos para treinar.
A semana vai ser muito proveitosa", celebra o goleiro Marcos que,
não poderá desfrutar do período.
Convocado pela seleção brasileira para os jogos das eliminatórias e também para a Copa das
Confederações, na Alemanha, o
capitão palmeirense terá de se
apresentar a Carlos Alberto Parreira amanhã e não fará nenhum
treino por seu time antes disso.
Com a ausência de Marcos, Sérgio, que é pretendido por Vasco e
Grêmio, deve assumir a camisa
um nos próximos jogos.
Texto Anterior: Gallo define quem serve para equipe Próximo Texto: Torcida joga ovo e se cala com triunfo Índice
|